sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Até que cordeiros tornem-se leões


e ainda chamam de "direito" ao voto! vsfd!
Democracia
queremos direito ao voto sim, com mais de uma opção
escolher realmente beneficios humanos
sem monopolio e manipulação
belas opçãoes de voto
obrigatório e bem enfeitado
reality show de ladrão
se soubessemos votar, por qualquer causa de outra opção
ao menos livre sem alienação
um voto a conciência, a subverção
quantos precisariam, quantos ignoram
que mudaram o nome, e evoluiram os metodos
mais tal democracia, é um grande campo de concentração
capital, via sinais de escravidão
on line com um sistema padrão
que basta ser desligado
e so tem como defesa
a falta de informação

comu sobe nossa tal democracia,boa iniciativa, vamo apoiar
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=109456771&tid=5551352114671126684&start=1

domingo, 12 de dezembro de 2010

Campinas Hardcore Fest 8 - Excomungados; Sarjeta; Menstruação Anárquica; Violência Suburbana (Bahia), Lixo Atômico e Toxemia. dia 18/12.


Fred, Álvaro, Carlos Albatróz, Vicente, Carlos Sam, Bill e Dedé



Dedé, Carlos Albatróz, Fábio Sarjeta, Batata, Caixote, Fred, VIcente e Guelo - VErão Vivo / TV Bandeirantes (1.993)

Documentário sobre a cena rock de Taboão da Serra: Tico´s bar, Cultura Rock, Sarjeta, Fusarium, Naftaleno, Hemp & Caos etc...

Os links estão neste Blog
www.rockncena.com

Bandas, Histórias, Points, Tribos - Rock Taboanense


A primeira banda taboanense que conheci é a clássica Armagedom, banda de punk metal clássica no estilo, sou fã e amigo dos caras até hoje. Ainda nos anos 80 temos a Intergang, banda que em 91 mudou seu nome para Antes De Ninguém, nesta clássica banda taboanense, O vocalista era o Carlos Albatroz que organizava os shows para as poucas bandas que existiam naquela época, e que trabalhou como Manager de bandas como Não Religião (Tatola), Garotos Podres (banda que tive o prazer de ser roadie), Magazine (Kid Vinil), Inocentes entre outras, ele trabalhou também no projeto Verão Vivo, da Rede Bandeirantes de Televisão, dando oportunidades para várias destas bandas se apresentarem em rede nacional. Antes de Ninguém tem o maior guitarrista que já existiu por aqui, o Fred, também tocava o baterista Bill que foi baterista do Raul Seixas, Rita Lee e Tuti Fruti, Arte Popular e também da banda Camisa de Venus. O Tecladista da banda Antes de Ninguém era o maestro Marco Ponte Caixote, que tocou com Fafá de Belém e atualmente toca na banda do Domingão do Faustão. Outro guitarrista do Antes de Ninguém foi o Álvaro Cordeiro, que tinha uma banda de metal aqui no Taboão chamada Autarquia junto com o Alemão que hoje trabalha na MTV. Existiam outras bandas que tocavam covers, mas banda cover não conta, pois como diz o ditado “gozar com o pau dos outros” não é nada cool. E outras bandas que tenho notícia, mas que existiram antes de eu nascer.


Durante a década de 90, surgiram outras bandas como a minha FDP´s, que depois mudou o nome para Sarjeta, Tinha uma banda de grindcore chamada Juda Bota do Francis que tocou comigo na clássica banda punk Excomungados. Tinha as bandas Berne e Shed que alguns integrantes tocaram na clássica banda Ludovic, esta que teve como primeiro guitarrista o André do We Are Eight. O Tico já tinha bar e era o maior ponto de encontro dos roqueiros taboanenses.
Em 2.001 a galera do rock não colava em peso para os sons das bandas locais, isso começou a mudar quando Junk Head, Sarjeta faziam sons juntos no Garajão, Tico´s Bar e CRUSP, a partir deste momento surgiram várias bandas e a cena do rock em Taboão cresceu muito, o baixista Mateus que era da Junk Head hoje é baterista do Fusarium, Sarjeta continua na ativa, e No One Knows, que tocava com a gente, acabou assim como a grande maioria das bandas do chamado hardcore melódico, pois era uma moda, e como toda moda passa, e só sobraram as bandas que tocam o verdadeiro HC, como nos velhos tempos de Dead Kennedys, Black Flag, Exploited, Germs, Circle Jerks etc. Ou alguém ainda teria saco para ver uma banda tocando CPM 22?
Muitas outras bandas vieram depois e que vale a pena serem lembradas como Naftaleno, Pussyman, Hemp & Caos, Pisantes, Hempada, CAS, Aero Zepelim, Erus Ramazotis, Desajustados, Cirrose Exposta, Damião Cover Genérico Fight Club, Legado Moderno, Bisoru Suko entre várias outras. Muitas destas bandas ainda estão na ativa. Tivemos por cerca de três anos o Cultura Rock, onde as bandas levavam seus próprios instrumentos e tocavam em espaços da prefeitura como CEPIM, Liceu de Artes e praças públicas.
A maior importância é de nós que colamos nos sons, então viva a galera da cena rock, vão aos sons, façam zines, respeitem as pessoas, mesmo que sejam do falso rock e sigam modismos como New Metal, Emo, Screamo, HC Melódico... Sabemos que modas são para pessoas que não tem personalidade, mas devemos respeitar e diminuir as tretas entre os grupos de rockers e modistas. Respeitar sim, mas não compactuar. E peço para que as pessoas boicotem bandas e estilos de grupos de direita como neonazistas e carecas que estão crescendo por aqui. Como a banda Infecção Raivosa e bandas que toquem junto com elas. Rock é de esquerda, ou acima da esquerda, até mesmo bandas apolíticas. Não dá para aceitar grupos e bandas homofóbicas, racistas ou ultranacionalistas e xenófobas.
Locken rou... Lutamos por um mundo onde caibam muitos mundos. Morte ao Fascismo!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Subversão - Punkezia


Subversão é consciência
De um mundo de quem conquista
Onde não há escolha
E nem se cogita

Mais quando um não se adapta
Nasce um anarquista

Que antes de obedecer pergunta, por que?
Que só acredita no que duvida
Que não cultua por cultura
E não teme por ignorância
Que não vende a identidade
E não adere o objetivo da ganancia

Quem sofre a indiferença
Quem encherga, além
Desse valor irreal, cego e canibal
Doença social, capital
Onde se vale o que tem
E o que se sabe
Vem por sinal
Concepção resumida de jornal
Um protocolo padrão

O alvo da subversão
Reviver a essência,
Do mundo que nos foi negado
Corrigir o que foi destorcido
Esquecer o que foi ensinado

Subverter, não é regredir
Mais impedir o progresso do caminho errado
As ordens, as leis e tudo que foi feito em prol
De quem lucra, a cada ser alienado
Com cada mente enjaulada
Consumindo até não haver mais nada

Reverter a decadência herdada
Que apesar do estrago
Ainda pode ser mudada.


Morcego

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Padre, Juís e General

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Catolicismo, Fascismo e Nazismo


A igreja católica teve relação direta com o fascismo italiano. Com a chegada de Mussolini ao poder, o ditador italiano assinou com o papa Pio XI o Tratado de Latrão, que não só dava à igreja um território, como fazia uma doação de cerca de 90 milhões de dólares.
Mesmo que a instituição corrompida católica tenha recuperado as finanças, Pio XI num surto de remórcio e peso na consciência de ter dedicado sua vida a toda a podridão católica, e contribuído com o mar de lama e sangue, no fim de sua vida, arrependido, escreveu uma encíclica condenando certos fatos como o anti-semitismo, o que causou revolta aos fascistas e pressão nazista contra a igreja, dois dias antes da publicação oficial, o papa morreu sob circunstâncias misteriosas, mas este caso, como muitos outros foi abafado pelo lixo católico, ele foi substituído pelo papa Piu XII, que simplesmente arquivou o documento. Ele considerava o nazi/fascismo um mal menor diante o perigo comunista, ou até a forte influência anarquista que o povo espanhol tinha.
Mesmo quando fatos como perseguição e morte de judeus se tornaram pública, o papa nunca se pronunciou contra, razão pela qual é conhecido como o papa de Hitler.
Após a guerra, grupos católicos ajudaram oficiais nazistas a escaparem para países da América Latina.
O partido nazista brasileiro chegou a ter 2.900 integrantes. Era o maior fora da Alemanha, isso se deve a grande ajuda católica à imigração alemã, especialmente para a região do sul do brasil. Alguns de seus líderes, como Otto Braun, chegaram a ter treinamento em Munique para se tornarem agentes políticos. Havia a Juventude Hitlerista, a Associação das Mulheres Nazistas, Associação dos Professores Nazistas. Na escola alemã Visconde de Porto Seguro em São Paulo os alunos saudavam os professores com a saudação Heil Hitler! Muitos dos professores vinham da Alemanha especialmente para fazer propaganda do nazismo. A defesa do nazismo era tão generalizada que um pai chegou a escrever a Goebbels, denunciando o diretor do colégio por não ensinar o nazismo.
Os nazistas brasileiros não se interessavam pela política local e não aceitavam em seus quadros descendentes de alemães nascidos no brasil. Mas de 1936 a 1939 os alemães que moravam por aqui receberam a incumbência de fazer a opinião pública brasileira apoiar Hitler. Para isso, eles contavam com 15 emissoras de rádio, que transmitiam notícias escritas em Berlim. Além disso, havia panfletos, livros e o jornal Aurora Alemã.
Se o eixo dominasse o brasil, certamente seriam perseguidos e exterminados judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e socialistas.O restante do povo provavelmente seria transformado em escravos, pois Hitler diversas vezes declarou que os “povos inferiores” seriam tratados como escravos. Como o brasil tem uma grande miscigenação, nosso destino seria certamente a escravidão. Mesmo assim o brasil ainda é o país que tem mais católicos em todo o mundo.
A maldita igreja católica foi contra os 13 campos de concentração em 8 estados brasileiros em que foram presos 3 mil simpatizantes do fascismo.
O integralismo foi o equivalente brasileiro das doutrinas fascistas e nazistas. Este movimento inspirava-se na Doutrina Social da Igreja Católica, que acreditava que a sociedade só pode funcionar em ordem através de uma hierarquia social rígida e da harmonia social. O integralismo defende o nacionalismo, o militarismo e a religião católica. Seu lema é deus, pátria e família.

domingo, 18 de julho de 2010

Evento de nazi

nazista da paz? kkkk pago pra vê fascista bom é fascista morto
veja o resumo de quem é, e o que fez Rudolf hess



Tenho alguns textos anti-nazismo pra postar, incluindo uma lista de 20 lideres nazistas que foram punidos, entre eles Rudolf Hess , que será homenageado no dia 14/08 em São Paulo
Nesta ultima década tornou-se comum passeatas homenageando, políticos(ditadores capazes de tudo por poder) , militares (assassinos,torturadores,escravocratas ) da historia nazista. Apesar de proibidas as passeatas, 2500 neonazistas se reuniram na data de morte de Rudolf Hess , que como todo grande filho da puta dizia fazer tudo pelo bem do seu povo (mechupa)



Bom vamos aos fatos históricos desse safado, digo ” homem que lutou pela paz” como dizem os nazis:
Presidente do partido nazista, assessor pessoal de hitller, teria o ajudado a escrever o monte de merda chamado Mein Kampf (a bíblia nazista)
Hass tentou sim um tratado de paz , mais quando a causa de hitller já estava perdida, e a porra da sua ditadura psicótica já tinha matado milhões de pessoas
Passou grande parte da vida preso, motivo de orgulho e honra nazista, kkkkkk
Apodreceu na cadeia por que era um assassino fascista filho da puta
Se esse cara fez alguma coisa pela paz foi se suicidar
Morcego

sábado, 3 de julho de 2010



Campinas hardcore fest vol 2
Excomungados
Final Fight
Sarjeta
Divida Externa
Sábado – 10/07 a partir das 17:00 hrs
Entrada R$ 10,00
Rua José Alencar, 429 – Centro – Campinas – SP
(em frente a escola Bento Quirino - FIPEP)
Decontrol Bar Rock Tatoo

Ser libertário é não ditar como os outros devem agir!

Caros leitores, meu nome é Fábio, vivencio o movimento punk desde 88, fiz dezenas de zines, e me recordo que durante anos era comum a troca de zines, talvez esta prática seja a mais autêntica dentro do movimento. Em 2.007 fiz meu ultimo zine chamado “Sarjeta Zine”, zine este que comecei a fazer em 96, fiquei meio desiludido, pois via alguns exemplares xerocados jogados no chão do CRUSP e da Galeria do Rock, ou aos redores do Tico´s Bar, estes eram os locais onde eu mais distribuía de forma gratuita. Nos últimos anos passei a escrever para blogs e revistas de rock, pois assim só quem realmente se interessava iria ter acesso, mas sinto falta deste formato clássico impresso e xerocado.
Acredito que escrever textos e fazer letras musicais, sejam o meio mais tradicional de expressão, um veículo destinado ás pessoas de bocas inquietas, um dos vários mecanismos que podemos utilizar.
Ninguém é obrigado a concordar, muito menos pessoas de direita, pois falam que somos extremistas, mas com certeza extremas são suas mediocridades. Nem as pessoas que estão interessadas em viver em guetos, e se preocupam em dividir a cena, utilizar violência gratuita e dividir, queimando o filme de algo que muitos lutaram para construir. Pessoas que se dizem libertárias, mas querem impor regras, ditar regras dentro de um movimento de caráter libertário, estas pessoas são mal intencionadas, sempre existiram, mas logo viram estatística, morrem por causas mesquinhas ou se convertem a religiões, se tornam marionetes deste sistema maldito que quer nos ver a beira do abismo, não somos e nem podemos ser marionetes desta sociedade hipócrita, alienada, miserável e desigual.
Desta forma não podemos construir algo realmente concreto, quem está interessado em competição por território, não é, e nunca foi anarquista, temos que acabar com a competição entre nós. Não somos um exército, nossa intenção não é recrutar ninguém, mas sim aproximar pessoas que compartilham do mesmo intuito. Antes de possuirmos um puta visual chamativo, somos serem pensantes, e temos um inimigo em comum que é o estado.
Sendo assim união e informação são imprescindíveis para rebater a mídia manipuladora, a opressão e a ignorância, entre outros tantos males que o sistema nos impõe, e nos dividimos e lutamos entre nós enquanto o oponente maior nos esmaga.
Queremos mais honestidade para cada indivíduo dentro desta falsa democracia em que sobrevivemos. Tenho certeza, que aos poucos as negatividades acabam saindo de cena, pois só os verdadeiros sobrevivem. Afinal Anarquia não é moda e nunca foi. Façamos o favor de desenvolver um senso de autocrítica, e reservar mais tempo tentando melhorar a nós mesmos.
Independente do rótulo que você carregue, façam zines, blogs, passeatas, protestos, bandas, eventos, teatro, e toda e qualquer forma de arte e expressão libertária, faça crescer a cena ao qual você faz parte. Se você é um anarquista, altruísta, complacente e sua indignação aumenta a cada injustiça cometida no mundo, então somos companheiros. Nós somos a semente para a salvação do mundo e de nossos movimentos, somos nossa própria esperança para moldar nosso futuro. Não esperem nada de ninguém, façamos nós mesmos!
Anarquia sempre!

segunda-feira, 14 de junho de 2010


O jogador de futebol austríaco Matthias Sindelar, era de origem judia, ele era tão magro que os austríacos o conheciam como homem papel, era um ótimo atacante. Quando Hitler anexou a Áustria, vários jogadores passaram para o time alemão, mas Matthias se recusou. A recusa o colocou numa situação difícil. Ficava claro que além de judeu, ele era um adversário do nazismo.
No jogo comemorativo pela unificação ele protestou errando vários gols na vitória de dois a zero do time austríaco Ostmark sobre o alemão Altreich, mesmo jogando contra um time alemão, pois era contrario a submissão de seu país.
Mas infelizmente sua atitude não ficou impune, e ele logo foi encontrado morto em um hotel, envenenado por monóxido de carbono. A maioria dos historiadores acredita que ele foi morto pela polícia secreta nazista.
Hitler aparentemente não gostava de futebol, não costumava ir aos estádios assistir aos jogos, mas mesmo assim tentou usar o jogo como instrumento de propaganda política. A crise mundial de 1.929 quebrara a Federação Alemã de Futebol (DFB) e o maldito ditador se ofereceu pra ajudar financeiramente a instituição. A idéia era divulgar a superioridade da raça alemã através de vitórias no futebol.
Um dos que mais colaboraram nesse processo foi Joseph Herbenger. Apesar de conhecer as atrocidades cometidas pelo regime nazista, ele sempre defendeu o regime, pois queria o cargo de técnico da seleção, o que conseguiu em 1.937. Herberger continuou no cargo após a II Guerra Mundial e chegou a ganhar a copa do mundo de 1.954.

domingo, 13 de junho de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

Lavagem Cerebral - Gabriel Pensador


Esse Rap é foda vai vendo


Racismo preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Não seja um imbecil
Não seja um ingnorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco?
Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou quelava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento que ainda recebe osalário e o pão de cada dia graças ao negro ao nordestino e atodos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
Um sujeito com a cara do PC Farias
Não você não faria isso não...
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa musica você aprender e fazer
A lavagem cerebral

O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Qualquer tipo de racismo não se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo é racista mas não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice

E se você é mais um burro
Não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você

Lavagem Cerebral
Gabriel Pensador

quarta-feira, 26 de maio de 2010

dia 06/06: DZK, Sarjeta, Cegos Pelo Ódio e Atentado no Espaço Impróprio


Junho Antifascista – Reunião Resistência Antifascista
Dia 05/06 – Entrada R$ 6,00
Espaço Impróprio – Rua Dona Antonia de Queiroz nº 40 – Consolação
Entre a Augusta e Frei Caneca
A partir das 18:00 hrs
Bandas: DZK, Sarjeta, Cegos Pelo Ódio & Atentado

terça-feira, 25 de maio de 2010

desenho feito por (A)lan

entrevista com Ariel



1 - É grande a satisfação de entrevistar você Ariel, é uma enorme honra. Vamos começar na época da Vila Carolina, como era? Muita confusão e bandas sendo formadas, correto? Como era a cena em geral? E fale do principio do Restos de Nada?

Ariel: Tudo era novidade para aqueles moleques recém saídos dos anos 60. A estética hippie já não nos seduzia e para contrapor essa filosofia das flores, formamos gangues que passaram a ser fundamentais para o surgimento do Punk Rock. Para podermos ir para o centro da cidade, precisávamos estar espertos e unidos, pois existiam diversas gangues disputando os espaços. Quando algumas delas se encontravam o choque era inevitável. A Gangue da Carolina era uma das mais respeitadas nesse conceito. Algumas pessoas envolvidas nessas gangues também estavam interessadas em algo mais além de brigar e daí surgiram bandas como, Restos de Nada, NAI (Condutores de Cadáver), Desequilíbrio, Inocentes, Neuróticos e outras mais. A Restos de Nada se diferenciava pelo modo elaborado de composição, tanto das músicas como das letras, que bebiam na fonte das bandas e dos escritores malditos. Nossa necessidade de expressão ultrapassou os limites dos três acordes e fomos nos engajar em diversas frentes que estavam surgindo.

2 - Você sempre foi muito ativo no nosso movimento, fale um pouco sobre os grupos de estudos zapatistas e anarquistas, e dos sons que você organizou, os principais como SP Punk, A Um Passo do Fim do Mundo; O Fim do Mundo. Lembra quando tocamos juntos em 2.005, que você colocou um “telão” com “filmes de ação e educativos” (risos), onde foi mesmo isso? Você ajuda na trilha desses filmes, correto?

Ariel - Completando a resposta anterior, essas novas frentes que estavam surgindo nos interessavam como forma de aliar nossa postura Punk com o que estava acontecendo no Movimento Estudantil e também na luta sindical, com greves pipocando pela cidade, como a dos bancários em 1977 e na movimentação metalúrgica por São Paulo e pelo ABC paulista em 78/79. Alguns grupos de extrema esquerda já estavam atuando nesses meios e passei a me interessar por política revolucionária e entrei na OSI (Organização Socialista Internacionalista) de tendência Trotskista que lutava pela IV Internacional dos Trabalhadores. Participei ativamente desse grupo, atuando no movimento secundarista e sindical, pois naquela época eu trampava numa metalúrgica e fui a muita porta de fábrica e também a muita greve por aí. Depois de um tempo abandonei essa forma de luta e em meados dos 80 já era Anarquista convicto e militante da causa libertária. Já nos 90 apareceu uma nova forma de luta que tem os companheiros mexicanos do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) como exemplo atual de consciência revolucionária e formamos um núcleo zapatista aqui em São Paulo, com diversos grupos atuando em conjunto e uma de nossas façanhas foi ocupar o consulado mexicano e entregar uma carta de repúdio ao cônsul.
Na verdade, SP PUNK foram umas coletâneas que gravamos com o selo Desculpe Aturá-los Records. Foram em torno de 50 bandas em três edições no final dos anos 90. Tivemos problemas internos e acabamos com o selo. Os festivais foram dentro da Semana Jovem que aconteceram em 2001 e 2002. Foram 54 bandas no primeiro e 64 no segundo.
Sempre procuramos dar um diferencial nos sons e dessa vez mostramos uns altporns pro pessoal. Dessa vez foi na Penha. Tem um grupo chamado X Plastic que desenvolve esses brinquedinhos educativos (risos). Participamos como trilha sonora em alguns vídeos dessa produtora.


3 - Como foi sua entrada e saída na banda Inocentes? Qual a parte positiva e negativa ou traumática desta experiência?

Ariel - Minha entrada aconteceu em 1982. Nessa época a Restos de Nada e a Desequilíbrio já tinham acabado e como o Mauricinho havia saído, resolveram me chamar para assumir o vocal da Inocentes. Fizemos eventos importantes, como nossa aparição catártica no Gallery, os shows na PUC de união do movimento, no Festival O Começo do Fim do Mundo e no Circo Voador no Rio em janeiro de 1983. Gravamos de forma totalmente independente um compacto chamado Miséria e Fome, com músicas censuradas e tudo mais. Tudo o que fizemos nessa época foi por nós mesmos e essa foi a parte positiva da coisa. Éramos "A" banda do movimento, mas por questões de ego e desejo de alcançar outras paragens, me tiraram da banda, alegando que eu era o homem que bebia demais (risos).

4 - O Show no circo voador (RJ) em 83 é visto até hoje como nostálgico, para a história do rock nacional em geral, afinal foi lá que o grupo Paralamas do Sucesso acabou assinando com uma grande gravadora e tal. Como ocorreu tudo isso, quais as principais lembranças?

Ariel - Esse show aconteceu num momento (Janeiro de 1983) realmente importante para o Punk Rock nacional. Foi a 1ª vez que mantivemos contato com Punks de outros lugares, pois até aí éramos restritos à capital paulista com as gangues pegando pesado quanto à violência e de uma certa forma autodestruindo a cena que tanto lutamos para conquistar.
Mas voltando ao Circo, lembro de muita pouca coisa (risos), pois estava o tempo todo chapado de Artani e cachaça, mas sei que o pessoal ficou chocado quando apareceu um carro da Rede Globo para cobrir o evento e nós incentivando o pessoal a quebrar tudo, pois após o Festival do Sesc em Novembro, essa mesma Rede havia feito uma matéria sensacionalista no Fantástico, sujando o Movimento como um todo, e foi isso mesmo o que aconteceu, voaram repórteres e câmeras pra todo o lado e eu em cima do palco bradando: Pau no cu de Deus, Pau no cu da Globo e Pau no cu do ABC (que era nosso desafeto na época). Foi foda, o Jornal O Globo estampou uma foto minha de meia página e todo o ocorrido. Pânico no Rio de Janeiro!
Havia uma rádio chamada Fluminense (A maldita) que tocava o Punk Rock feito em São Paulo na programação normal e todo o pessoal já estava mais do que familiarizado com a cena de São Paulo. Eu andava direto com uma camiseta escrita: Foda-se a Classe Dominante, de jaqueta de couro e coturno num calor de 40º. O Paralamas pediu pra abrir o show e depois disso se deram bem, não é mesmo? Havia outros famosos também, como o Cazuza e o Eduardo Duzek, que queria trocar idéia com a gente, mas não rolou. Too Much Junk Business.


5 - Como se sente, quando dizem que o movimento punk no brasil começou em Brasília?

Ariel - Me sinto ofendido, pois um bando de babacas, como Renato Russo, Herbert Vianna e Dinho Ouro Preto, pagando de rebelde e reivindicando o Punk como Movimento, é piada, não é mesmo? Queria ver esse pessoal dando rolê pelas quebradas e pelas ruas do centro de São Paulo, nos idos dos 70. Será que sobreviveriam ao que nós sobrevivemos? Falar de Movimento de rua é uma coisa, outra é ficar no conforto de um apartamento de Brasília escutando um som. Na verdade não importa onde tenha surgido o Punk no Brasil, mas que nós criamos a cena mais radical em São Paulo, disso não tenho dúvidas.

6 - Hoje é muito menos difícil a gravação de musicas, como era isso até a década de 90. Cite os principais trabalhos ao qual você gravou, seja com o Restos de Nada, Invasores de Cérebros e Inocentes.

Ariel - Acho que está mais fácil, sim, mas um tanto banalizado. Falta um diferencial, seja conteúdo ou inovação musical.
Minha primeira gravação em um estúdio profissional foi com o Inocentes em 1983. Conseguimos por nós mesmos gravar um compacto, pois a censura vetou muitas músicas que dariam para um LP, que acabou saindo depois pela Devil Discos.
Pela mesma Devil, lançamos o LP do Restos de Nada em 87, numa reunião da banda original.
Com o Invasores, lançamos um compacto por nós mesmos no final dos 90 um CD no começo de 2000, pela Ataque Frontal e o mais recente numa parceria entre a banda, a Corsário Discos e a Rebel Music.


7 - Como foi o começo e os principais fatos históricos da melhor banda de hardcore/punk nacional (na minha opinião), os Invasores de Cérebros? Como foi a “correria” para lançar os dois cds da banda?

Ariel - A banda Invasores de Cérebros, nasceu dentro do Movimento e preserva até hoje essa postura, tocando em todos os lugares onde é chamada, seja num buteco numa quebrada qualquer ou mesmo nas casas noturnas da cidade. Não temos preconceito com quem quer que seja e apesar de muito babaca ficar cobrando posturas, acredito que ficar fechado em dogmas não condiz com uma postura libertária. Vou citar um caso entre tantos passados pela banda: No início dos 90, um grupo de trabalhadores da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) sediada em Cubatão, que havia sido demitido, estava acampado próximo á estação São Bento do Metrô, divulgando sua luta e como estávamos tentando reorganizar a COB (Confederação Operária Brasileira), com anarquistas e punks unidos, propusemos aos metalúrgicos um show na Concha Acústica de Santos, praia do Gonzaga e levar sua reivindicação à população local. Enchemos dois ônibus de punks e anarquistas e fomos ao litoral para fazer o show com as bandas Invasores de Cérebros e Coyote Maldito. Conseguimos juntar muitas pessoas e no meio do show, vem uma comissão que estava em uma assembléia, dizendo que os trabalhadores haviam sido recontratados. Foi uma alegria imensa e uma certeza que com solidariedade e luta conseguimos fazer ações diretas concretas.
Quanto aos discos, a coisa funcionou da mesma maneira de sempre. Buscamos juntar alguma grana para a gravação e com ajuda de camaradas, tanto da Ataque Frontal, quanto da Rebel Music, da Corsário Discos e até mesmo do Zine Aviso Final, conseguimos lançar as paradas.


8 - Para nós o movimento é um estilo de vida, compromisso mesmo. O que você anda fazendo atualmente dentro da cena? Sei que é muita coisa como sempre! Fale sobre os Garotos do Subúrbio.

Ariel - Para mim é mais do que um estilo de vida, é a própria vida, pois se me faltar isso não sobrevivo de forma alguma. Por esse motivo sempre estou em movimento e querendo ainda mais...
Procuro sempre ajudar quem está interessado em fazer a cena, atuando em várias frentes, seja numa leitura de poesias, numa encenação teatral, editando textos, resenhando shows, organizando eventos, e o que mais aparecer.
O projeto Garotos do Subúrbio nasceu de uma idéia de resgatar as músicas antigas do Inocentes de 82/83, tendo como rumo o disco de estréia da banda, Miséria e Fome. Estamos com muita vontade de tocar e além das músicas do Inocentes, vamos tentar trazer algumas coisas obscuras da época também, como músicas da banda Setembro Negro, Desequilíbrio e Mack, que nunca chegaram a ser gravadas e raramente apresentadas. A banda conta, além de mim, com o Callegari da formação original e Anselmo e o Nonô da formação mais recente do Inocentes. Os garotos vieram pra ficar. Cuidado!

9 - São mais de 30 anos de movimento, quanto você acha que valeu a pena? Cite as principais diferenças na cena do final da década de 70 para os dias de hoje.

Ariel - Para mim tudo valeu a pena, até mesmo as coisas erradas, pois se existe movimento hoje, elas foram superadas e apagadas.
As cenas de todas as décadas mudaram e se adaptaram às realidades impostas. Acontece que com o Punk, a essência prevaleceu e ditou um rumo que prevalece até hoje, com dezenas de bandas surgindo a cada dia e assumindo uma postura radical. Não é fácil assumir uma postura Punk, por isso acredito que se formaram várias tendências dentro do Movimento e por mais que haja diferenças entre elas, alguma coisa de autêntico permaneceu. Amém! (risos)

10 - Sem palavras pela colaboração com nossa iniciativa e por tudo que fez e ainda faz pelo nosso movimento Ariel. Deixe o recado que quiser para os nossos leitores. Até a próxima noite quente na cidade.

Ariel - Quem agradece sou eu, meu camarada. É sempre um prazer falar de Punk.
Acho que já falei demais, mas gostaria de fazer um apelo: Façam o que quiser, seja uma atitude Punk ou não, mas faça com paixão e com a certeza de querer mudar essa situação que nos é imposta. Provamos depois de todo esse tempo que somos necessários, todos nós, os Libertários!

Acracia

Ariel

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Entrevista com Thrash, vocalista das bandas Armagedom e Atitude


1 – Imenso prazer entrevistar você Thrash! Quando e como começou a participar do underground paulistano?
Bom o prazer e meu Fábião, obrigado pelo espaço. Acho que em meados de 86, já escutava um som, desde moleque já gostava de rock nacional, como Titãs, Ultraje a Rigor e Ira, no colégio conheci meu amigo Edson, que me apresentou vários sons, ai comecei a escutar as bandas inglesas de punk, como Disharge, English Dogs, GBH, Tervet Kadett, além de escutar muito Thrash, Black, e Heavy Metal, e foi com ele também que montei minha primeira banda de Death Thrash, a extinta e obscura, MORTUARIO, ai vi que queria ser musico e ter uma banda, no estilo que escutava pois era também um estilo de vida, comecei a dar rolê também com os Head Bangers da zona sul, banca ate hoje existente, em 94 fui preso,saiu uma matéria na revista isto é, ai foi quando acho que comecei a fazer parte da cena (risos).

2 – Quais suas principais influências?
Minhas principais influencias são as bandas dos anos 80, de Thrash, Black e Heavy Metal, além do punk, como Discharge, GBH, English Dogs Tervet kadett, Terrorizer e Extreme Noise Terror. Hoje escuto muito Venom, Bathotry, Sarcofago, e uma banda que gosto muito de metal é Andralls, não é nova, mas os caras estão no rolê faz tempo, e gosto também de Sisters of Mercy, Bauhaus, Fields of Nephelim e Joy Division. Bom, bandas recentes escuto pouca coisa.

3 – Quais os materiais lançados pela banda Atitude? Quais os outros principais acontecimentos nestes 16 anos de carreira?
O primeiro trabalho do ATITUDE, foi uma demo lançada em 96 chamada “Queremos ser nos mesmos”, saiu resenha na rock brigade, foi gravada no MR Som Studio do Pompeu e Heros Trentch (korzus), alias todos nossos materiais foram gravados lá. No começo não éramos uma banda "PUNK" as letras falavam sobre o cotidiano e problemas pessoais, mas éramos influenciados muito por Misfits e Ramones, ai que recebi um convite pra tocar com o Extremamente Irritante a banda do Bill, metal punk na tora, no bar do Ball, foi quando o Atitude começou a fazer parte da cena, ai fomos lançando musicas em coletâneas, saindo em fanzines, e tocando pelo Brasil, conhecendo as bandas da época, foi muito legal,uma casa que abraçou a gente foi o black jack, ainda da época do Murilo, onde só tocava Metal, fomos a primeira banda alternativa a tocar num dia de sábado e isso acabou influenciando a sonoridade, pois sempre estávamos querendo fazer algo mais pesado...mas além de tocar sempre, tive problemas com as drogas, e isso sempre atrapalhou a caminhada do Atitude, mudando, constantemente de formação, e o fator mais gritante, é que éramos uma banda de periferia, e não tinhamos pais ricos, então, várias coisas amararam a banda esses anos, mas sempre aos trancos e barrancos íamos pra cima, ai em 2003 trabalhava em uma, empresa ai ganhava bem, decidi bancar o cd da banda, mas tava usando drogas demais na época, deixava as coisas nas mãos de outras pessoas, gravamos um cd, com 17 musicas, alguns selos se interessaram, mas não lançaram, isso foi atrasando o lado e eu ia ficando mais puto, ao invés de tomar as rédeas, enfiava cara na junkeria e deixava as coisas passar, ate que em 2006 o Bart da 53 HC, ia lançar o cd, confiamos no filho da puta e pegou nossa grana e ate hj esse cd não saiu, bom isso acabou me deixando cada vez mais puto e cético e isso acabou, levando o fim a banda e também estar muito envolvido com drogas e muita balada, mas temos registro no youtube, de alguns sons e shows que fizemos,..bom espero um dia poder voltar mas estou em outra pegada agora, pois as musicas novas estavam muito legais e pesadas, o metal punk na essência.

4 – Cite as maiores diferenças, que vê em relação ao underground dos anos 90 com os dias de hoje.
Bom peguei a fase de transição dos anos 80 para os noventa, foi uma mudança muito grande, de comportamento e estilos, que acabou influenciando muita banda, e uma geração, com o grunge, o punk veio na onda e ficou mais em evidência, mas também aquele lance politizado que as bandas tinham as atitudes também se perderam, os jovens de hoje não tem mais um ideal pra lutar, uma causa justa, e vários abandonaram as bandas os rolês e vivem uma vida normal, pois viram que ter uma banda no Brasil e fazer parte de tudo isso não e fácil. Hoje, vejo um rock banalizado, choramingão, um bando de pessoas e bandas que podiam fazer a diferença, mas querem ganhar dinheiro e ficar famosos, mas daqui a 15 anos ninguém vai lembrar deles, como lembramos de Discharge, ou Motorhead, a essência rock in roll, foi perdida, não temos mais uma banda de rock do mainstream que represente essa rebeldia. Não to dizendo, que precisamos ser politicamente corretos, mas temos uma arma na mão que é a música, e podemos criar uma revolução através dela, mas infelizmente o poder musical esta nas mãos erradas e fazem os jovens engolir essa merda toda que MTV toca na sua programação, e isso é uma grande causa da banalizão e falta de comprometimento, dessas pessoas que deixam o rock nacional uma vergonha.

5 - Como rolou o convite para assumir os vocais da lendária banda Armagedom?
Bom conheço o trabalho do ARMAGEDOM a algum tempo, sempre fui fã, até que um dia conheci o Ricardo bateristada banda, depois de alguns anos no lançamento do DVD do Agrotóxico, trombei o Ricardo e o Claudinei, e eles me disseram que o Eduardo tinha saído, e precisavam de um vocal, de primeira recusei, achando muita responsa, mas depois de ver o ensaio deles e prestar bem atenção nas letras vi que era a banda da minha vida e queria estar com eles tocando, e assumi os vocais, agora estamos trabalhando em um novo álbum, e se preparando para uma outra turnê na Europa, no ano que vêm, estou muito feliz de fazer parte da historia do Armagedom.

6 - Quais outras atividades você exerce paralelas ao posto de vocalista?
Fiz varias coisas. Peão, Ofice boy, não estudei muito, sempre tive que trabalhar, para ter minhas coisas, comprei minha primeira guitarra com a rescisão de contrato do meu primeiro trabalho registrado, naquela época era muito caro instrumentos, nunca tive pai rico, e nem apoio da família então as coisas sempre foram dificeis, hoje trabalho com tatto e piercing, mas queria muito poder viver só da musica, e ter tempo para compor, e ter um selo.

7 – Muito obrigado pela cooperação parceiro. O espaço é seu! Deixe uma mensagem para nossos leitores, e até o próximo rolê. Abraço!
Quero agradecer o a oportunidade, dada por vc, e dizer às pessoas, que hoje o mundo passa por diversas mudanças, como clima, cultura, monopolização das grandes companias, a TV é uma arma muito grande na mãos desses filhos da puta, pois é tudo controlado, vivemos a vida deles não as nossas, os países estão se armando para uma grande terceira guerra mundial, as pessoas querem subornar vidas em custa do sangue derramado dos inocentes.
Enquanto o cidadão se preocupa com a porra de face book, twiter colocar suas fotos achando melhor que os outros, o seu próximo morre de fome, ou doente em um hospital público, acho que devemos acordar por que esta a vir,o controle mundial, (NOVA ORDEM MUNDIAL), eles querem te chipar e te querem como gados de suas fazendinhas, controlar suas mentes e famílias, sua conta, tudo que é seu, sejamos subversivos, e não burros,quero deixar alguns links para que as pessoas conheçam meu trabalho HTTP://WWW.MYSPACE.COM/THRASHPUNKSTER, T.ENTERTENIMENT.METAL PUNS AS FUCK, MEU ORKUT. Valeu eu Fabião, obrigado mesmo, espero que goste da entrevista, pois isso e minha vida real.

Pagamos para ser espancados?


Texto de Piccol, que foi publicado no zine PARA AS BARRICADAS

Alguém já percebeu o que acontece nas ruas?

Você esta saindo do seu trabalho cansado, com a cabeça quente, e derrepente você da de cara com um carro da polícia... Que você próprio pagou o carro, a farda dele, e o salário dele, com seus impostos... O que você acha que eles fazem com você?

Vão te estapear... E te revistar, causando dores por causa dos chutes que eles te dão no intuito de você abrir mais as pernas pra a revista ficar mais fácil, te dar socos, chutes, xingos, te humilhar, e se você falar que ele não pode te bater, ainda vão plantar drogas em você, pra te levarem preso e você tirar umas “férias”...

Você acha que isso esta certo? O que será que acontecer, quando eles encontram os nossos filhos nas ruas a noite? Já perceberam a quantidade de gente sumida, se for ver, garanto que metade foi os assassinos uniformizados!

Quantas vezes você foi assaltado e eles pegaram o bandido? Quantas vezes você se envolveu em alguma briga eles te atenderam como ser humano? Só sabem falar gritando, querendo que você seja o soldadinho deles, te zoam e riem da sua cara enquanto te enquadram...

Isso não esta certo!... Nós somos seres humanos porra, embora a merda que fizermos, somos seres humanos, e merecemos ser tratados com respeito e dignidade!
Dizem que estão nas ruas pra nos proteger... É isso que eles fazem?

Dar tapa na cara de trabalhador, dar tiro em adolescentes, matar inocentes e bater em mulheres e senhoras só pelo fato de estar na rua à noite ou por eles não gostarem da cara é certo?

Existe corregedoria, vamos exigir nossos direitos! Fazer os lixos fardados terem medo de nós, porque nós somos a maioria, não é preciso ter dinheiro pra exigir seus direitos, e não deixem nunca que alguém que é seu empregado pisar em você, por que se nós não pagarmos os impostos eles não tem salário!!!

De quem você tem mais medo, dos bandidos ou dos nossos assassinos fardados?
Isso tem que mudar, polícia esta na rua pra nos proteger?
É isso q eles fazem?

contato: parasbarricadas@hotmail.com

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Entrevista com Lambão do Deserdados


1) Como foi formada a banda Deserdados? Conte-nos a história de como veio o nome.

Em 1994 no Jardim Iguatemi, zona leste de São Paulo, eu (guitarra) conheci o Danone (baixo) e o Jamaica (bateria). Na época, os dois tocavam na banda Taquicardia. Ficamos amigos e resolvemos montar outra banda, com uma pegada um pouco diferente da que eles tocavam. Então convidamos o Alemão (vocal), que também era nosso amigo lá da área e, no começo de 1995, montamos os DEZERDADOS (com ‘z’ mesmo). O nome foi o Danone quem sugeriu. Era de um projeto de banda que ele tinha em 1992, mas que não tinha colocado em prática. Achamos o nome muito a ver com a proposta que tínhamos e ainda temos. É muito forte, muito punk. Depois mudamos para DESERDADOS com ‘s’, nem lembro por que. O nome aparenta ter uma carga bem negativa, mas na verdade não o encaramos assim. Interpretamos como se fôssemos rejeitados, repelidos pelo sistema, por não se enquadrar nele. E não nos enquadramos com orgulho. Procuramos andar à margem dele. Por isso encaramos o nome como positivo, e é esse um dos motivos pelo qual costumamos usar a estrela junto ao nome da banda.

2) Quais os materiais lançados, inclusive as demos?

Lançamos as demos Grito de Revolta (1995) e Deserdados (1997), participamos de diversas coletâneas, e lançamos os discos Revolução, Agora! (2000) pela Kaskadura Records, e o Mau Exemplo?... (2002) pela Teenager in a Box Records. No momento estamos trampando as músicas novas para outro disco.

3) Qual importância da coletânea SP Punk? Tanto pra banda, quanto para o movimento nos anos 90.

Participamos do SP Punk Volume 1 quando tínhamos apenas um ano de banda. Hoje em dia parece nada de extraordinário, mas na época, uma banda nas nossas condições sair em um CD (que era algo relativamente novo), foi muito foda. O pessoal começou a colar mais nos nossos shows, ficamos empolgados e evoluímos. Sem falar que saíram resenhas em revistas de rock, com ótimos comentários sobre o CD e sobre nós. Para o movimento como um todo, o efeito também foi muito positivo. No começo daquela década as coisas estavam meio mornas e esse CD deu um grande gás à cena. Começaram a aparecer muitas bandas novas e também bandas da antiga, que estavam paradas, voltaram a ativa. A coisa cresceu no meio dos anos 90, não só na música punk, mas na arte punk como um todo. Vivíamos o fenômeno da globalização com mais intensidade e na busca das respostas para tudo aquilo, houve uma conscientização política e muita informação foi sendo trocada com mais velocidade. Nessa época o punk também começou a interagir e absorver coisas legais de outros movimentos. Foi época também de grande adesão de meninas na cena (fruto da queda das brigas entre facções). E esta coletânea teve um grande papel. Fez parte da trilha sonora de tudo isso.

4) Qual importância dos festivais A um Passo do Fim do Mundo e o Fim do Mundo? O quanto você acha que festivais com estas estruturas fazem para o movimento hoje em dia?

Esses dois festivais podem ser considerados como o ápice do que eu estava falando. A coisa virou o século bombando. Foram dias inesquecíveis. Grande idéia de Ariel, Tina e companhia, de relacionar aquele momento, já nos anos 2000, com o Começo do Fim do mundo, que é do inicio dos 80. Fizeram uma trilogia legal e felizmente participamos dela. Festivais desse tipo só tendem a dar um gás à cena, integrar pessoas de lugares bem diferentes, e mostrar o valor e força do ‘faça você mesmo’.

5) O CD Revolução Agora foi relançado recentemente. Vocês acham que foi válido? Qual a aceitação do público?

Sim, foi muito válido porque existia uma grande procura. O público mais velho quando viu o CD de novo nas lojas teve um ‘revival’ (risos), e o mais novo teve a oportunidade de ter um material que estava fora de catálogo.

6) O espaço é seu. Deixe uma mensagem para nossos leitores.

Valeu Fabião pela entrevista. Estamos juntos! Ao leitor: Todos nós fazemos parte de uma cena que não tem fronteiras. Apóie a cena independente, e isso inclui a cena daqui do Brasil. Ainda temos um culto de achar que o que vem de fora é sempre melhor. Não é melhor e nem pior, e sim diferente, com suas particularidades. Eu costumo pensar que, para expandir, a pessoa precisa estar, primeiramente, bem com si própria, senão é muito difícil. Com o movimento acho a mesma coisa. Vá aos shows em sua cidade, compre o material das bandas, troquem idéias, escrevam zines, façam blogs, formem coletivos, organizem eventos, etc. Cada um pode contribuir de uma forma. Invente uma. A Maximum Rock and Roll, por exemplo, é o que é porque, antes de tudo, teve apoio local. Sem falar nas bandas de fora que tanto gostamos. Vamos pensar nisso e já programar o que vamos fazer no próximo fim de semana! Abraço! Vida longa ao Punk Rock!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Três dias de som punk seguidos!



Chegando de viagem sexta feira dia 23/04/2.010, após show com minha banda Sarjeta no nordeste, fui ver o primeiro dia de festival punk Contracultura, ansioso pra rever amigos e pogar aos sons de bandas que mantém o movimento punk na ativa e a cada dia mais forte.


Do aeroporto fui direto pro metrô Conceição, logo que subi as escadas do metrô já dei de cara com os parceiros Fábio (Olho Seco) e com o Zé Galinha (Zé Galinha Co), fomos pro Noise Terror e de longe avistei o Fantasma (roadie dos Excomungados) e o Indião (Hino Mortal/Condutores de Cadáver), chegando ao Noise Terror encontramos Jão (Ratos de Porão), Marcos (Agrotóxico/Olho Seco), Orlando Saltine (ex Golpe de Estado e apresentador do programa Contracultura) entre tantos outros. Como o Lambão da banda Deserdados me falou, nunca vi tanto tiozinho!
O show do Deserdados, foi carregado de muita energia desde a primeira música 1.977, passando por clássicos da banda como Yo Quiero Ser Libre!, Rock De Combate e Não Quero Mais, entre outros sons que agitaram bastante toda a galera que fez com que o Noise Terror parecesse uma sauna. Pra fechar, a banda Ramona cover do Ramones, mandaram vários clássicos desta banda que mudou a história do rock mundial, agitei praticamente a apresentação toda, e não deixávamos a banda parar de tocar, foram várias as saideiras e com o piso muito molhado e latas de cerveja vazias por todos os lados, chegou a hora de ir descansar.
Fui dormir na casa dos meus amigos Demente (Phobia/Juventude Maldita/Final Fight), Fernanda (Final Fight/Dominatrix) e JC (Rattü Mortü). A idéia era de eu ensaiar com a Fernanda antes do som de Sábado, pois ela iria tocar bateria pra gente do Excomungados, mas logo de manhã, chegou o baterista da banda Fast Food da República Tcheca, e a gente foi trocar umas idéias com ele, e acabamos estendendo a conversa, quando voltamos a dormir o combinado era acordar as 14:00 hrs, mas nos atrasamos geral, e nem rolou o ensaio, tínhamos que improvisar, mas estamos acostumados, e a galera que acompanha a banda também esta, afinal somos a THE WORST BAND.
Carne Moída fez uma apresentação fantástica, conheço a banda desde o começo, e já vi várias apresentações deles, mas esta foi a que mais me chamou a atenção, o som está cada vez melhor e as performances também, a agitação tomou conta desde a já clássica deles Tropa de Choque, até o último som que foi Criança Sem Esperança, onde o Vocalista Eduardo colocou uma fralda, isto já vem se tornando uma Constancia nas apresentações da banda.

Depois chegou a hora do ensaio ao vivo com Excomungados, tinha tanta gente agitando e cantando junto ao microfone, que tinha hora que era impossível tocar e chegar perto do microfone, abrimos com Hospícios, na quarta música chamamos o Barata do DZK pra cantar a Pedido a Nathan, na seqüência Orlando Saltine cantou Stroessner e a bagunça geral continuou até a clássica Vida de Operário que o Barata cantou novamente, fora que um dia histórico, pois a Fernanda tocou bateria pra gente, na última música repetimos Hospícios e o Spaguetti ex Ratos de Porão cantou com a gente. Depois ficaram vários punks cantando clássicos punks madrugada a fora, uma festa pra nunca ser esquecida!!!
O Xines, o Parafuso e eu dos Excomungados mais o Spaguetti ex baterista do Ratos de Porão acabamos dormindo no próprio Noise Terror, quando deu 12:00 hr de Domingo lá fomos nós para mais uma jornada de punk rock, desta vez no Jd. Primavera, comemos muito churrasco, na festa organizada pelo meu parceiro Rude, vocalista da banda Filhos da Desordem. A primeira banda a tocar foi o Terceiro Mundo, mandou um som responsa, com músicas próprias e alguns covers, na sequência a banda Lokaut dos meus amigos Babão e Nicolas, mandaram um som responsa, e ainda Commando dos Ramones, foram brilhantes, com a banda Filhos da Desordem a coisa ficou realmente uma verdadeira festa punk, mandando os clássicos da banda como Lutar ou Morrer e Crianças Perdidas e covers de Dead Kennedys, Angelic Upstarts, Adicts, Cockney Rejects entre outras, o público veio abaixo, foi uma puta apresentação dedicada especialmente aos integrantes das bandas oitentistas Lixomania e Vírus 27 que estavam presentes no evento. Pra terminar Excomungados fez uma ótima apresentação relembrando alguns clássicos do punk nacional. Quero agradecer a galera Sub Punk, ao Orlando Saltine, Demente, Fernanda Terra, Rude e todos que participaram deste final de semana histórico pra mim e muitas outras pessoas. Abraços e até o próximo final de semana.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Fabio Sarjeta entrevista Barata DZK


1 (Fabio) É um enorme prazer entrevistar meu parceiro Barata, pra começar, quero que diga o por quê da mudança de nome que ocorreu ainda na década de 80, de Decadência Social para Desequilíbrio Social / DZK.
- (Barata) Bom na década de 80, a banda se apresentou no começo do fim do mundo como Decadência Social, depois desse festival o Decadência acabou ficando só o Makarrão, que queria continuar com o nome mas não deixaram, aí ele colocou Dizikilibriu Social (DZK)

2) Quero que fale sobre a idéia do nome do CD Fui Punk, a sonoridade continuou fiel ao trabalho que sempre fizeram, é um dos trabalhos que mais gostei da banda.
- A idéia do fui punk, foi colocarmos esse nome para despertar as pessoas á contestarem o porque de ser punk, e ficarem se perguntando pô fui punk? Por quê os caras não são mais? Ai voce ouve o cd e chega á conclusão que fui punk minha vida inteira.

3) Como surgiu a idéia do mais que justo tributo ao DZK? E qual foi a receptividade que sentiram com este trabalho?
- A idéia surgiu da cobain, cooperativa de bandas, e a banda 88 Não, esse tributo era para ter saído em 2.003, mas por falta de grana ficou na geladeira saindo só em 2008 pela corsaro disco (xines - Excomungados), para nós da banda ficamos honrados por ver esse tributo ainda em vida.

4) Quais os trabalhos realizados pelos integrantes da banda em prol do punk rock?
- Pois é amigo eu faço rádio já tem algum tempo em prol do punk rock mantendo viva á cena punk, mostrando as bandas nacionais que existem dentro da cena, fiz o rota 77 por cinco anos, depois começei outro chamado combat rock, essa é á forma que eu encontrei de contribuir de certa foma com á cena punk.

5) DZK é uma banda que fez várias apresentações em outros estados. Cite as cidades e o que de melhor rola nestes fests?
- Rio, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Brasília, enfim todos os lugares que tocamos, o que melhor rolou foi a amizade que
conquistamos ao longo desses anos todos dedicados ao punk.


6) Quais lembranças que têm de grandes festivais como O começo do Fim do Mundo, A um passo do Fim do Mundo, O fim do Mundo e SP Punk? Você assim como eu sente falta de grandes festivais como estes?
- Meu estes festivais teriam que ser anuais, mas sei que não é fácil manter isso, dá muito trabalho, não tem patrocínio ai acaba não se firmando, é uma pena... as boas lembraças é encontrar velhos amigos de longas datas, e tocar com todo mundo numa boa.

7) Muito obrigado pela ilustre participação Barata, deixe um recado para os leitores da Sub Punk. Grande abraço.
- Bom Sarjeta em primeiro lugar eu é que te agradeço pela oportunidade meu amigo. Meu recado é nunca deixem o punk morrer... tem punk ai... tem punk ai......... abraço libertários.

segunda-feira, 15 de março de 2010



Dia 27/03 em feira de Santana / Bahia

Sarjeta – São Paulo
Violencia Suburbana – Feira de Santana
Outubro - Fortaleza
Os indesejáveis – Feira de Santana
Consciencia Popular – Feira de Santana
OCK – Feira de Santana

ENTRADA: R$ 5,00 + 1Kg DE ALIMENTO(obrigatório)
LOCAL: CSU (Centro Social Urbano) - Bairro Cidade Nova - Feira de Santana-Ba - Proximo ao Transbordo da C.N.
DATA: 27/03/2010



MÍDIA FEITA PARA TE MANIPULAR.

Digamos que a TV é o melhor exemplo de colocar-se neste assunto. O da manipulação, ela que além de mostrar só o que a sociedade quer ver, esconde o que realmente deveria ser visto uma, realidade nua e crua sem maquiagem e nem finais felizes da mídia. Estamos cansados de tantas mentiras, acho que temos o direito de sabermos um pouco da nossa realidade, ou desliga-se a sua TV e abra os olhos, para quem sabe assim tudo possa ser visto melhor... É preciso ver!
Ao ligarmos a TV temos: desenhos, novelas, jornais e milhares de propagandas, que aproveitam o chamado “horário nobre”, para despejar em cima do público os seus produtos de péssima qualidade induzindo assim a sociedade comprar e gastar mais e mais.
Opções que podem simplesmente tirar você de frente da TV:
• DESENHO: com um lápis e uma folha seu filho pode criar seus próprios desenhos em seu mundo não tocado que só ele consegue estar ali.
• NOVELAS: nada melhor que ver o que se passa em sua família; problemas que só quem mora com você podem resolver, sem muitas mentiras ficções.
• JORNAL: seu vizinho pode dizer o que se passou na rua de baixo e um parente seu pode dizer como estão às coisas por lá e o clima. Além é claro de você junto com outros moradores criarem o próprio jornal, onde terá noticias que realmente importa, com denuncias contra o descaso do estado (como exemplo).
• PROPAGANDAS: é melhor comprar o que pode na suas condições do que querer comprar marcas...E sempre pensar se realmente aquele produto e importante e necessário para você.
Você ai que leu esse informativo libertário não se sinta manipulado aqui esta apenas uma referencia da realidade que é:
VOCÊ QUE NÃO TIRA OS OLHOS DA TV, NÃO CONSEGUE VER.

O QUE PODEMOS FAZER?

Exatamente como vemos com nossos próprios olhos a realidade em que vivemos, hoje a triste e vergonhosa vida, cheia de desigualdade, desrespeito, repressão e muitas injustiças ou coisas piores de deixa qualquer ser humano em um estado critico de acreditar o que se passa diante de seus olhos.
De braços cruzados nunca conseguiremos o que realmente queremos para todos nos, sabemos que tem alguém capaz de fazer tudo isso mudar, mais a incapacidade é tamanha que eles só ‘’lembram’’ da população em época de eleição, mentir é o forte deles prometem durante toda a campanha no final de tudo não cumprem absolutamente nada que eles próprios impuseram para a sociedade. Termina milhões de pessoas pelas ruas sem ter o que comer, o desemprego aumenta e a tendência desse quadro é só piorar cada dia mais.
A união faz a força isso já se sabe de co e salteado, com ajuda de todos podemos construir um mundo melhor que todos possamos viver dignamente sem diferenças sociais. Antes de tudo devemos saber uma única coisa que o mundo gira em volta daqueles que acreditam em se mesmo, e não naqueles que desistem e nem o mundo pode mudar, quem dirá a se mesmo.
Busque sempre melhorias não se cale é direito meu e seu lutar por algo melhor, sempre pensando no próximo.

Mecha-se porque o mundo não para!
TUDO SE DA UM JEITO MENOS PARA A MORTE!
ENTÃO MECHA-SE.


Nossa sociedade atual já se acostumou com tantos acontecimentos. O que era anormal se tornou fácil de acreditar... Com tanta informação seja ela verdadeira ou falsa está ai nos cercando em nosso cotidiano.
Não da pra entender como que você passa por tanto sofrimento em geral seja ele economicamente ou fisicamente, uma rotina que não tem fim... O que eu quero é impossível para aquele que não sabem o que é lutar e reivindicar seus direitos queria apenas começar pelos ricos os traria ao meu nível, porque não gostaria de subir ao nível deles sendo que a indiferença é muito grande. Faça sua diferença onde você esteja, saiba dizer não também, impor sua idéia é um primeiro passo para alcançar o que deseja.
Trabalha uma carga horária ate mesmo difícil de acreditar ao menos saber pra quem vai o seu suor seu cansaço e se tudo isso vale mesmo a pena!
-A VIDA NÃO ACABOU E VOCÊ É A PROVA VIVA QUE ELA PODE SIM SER MUDADA, MAS PRA MELHOR! PORQUE PRA PIOR NÃO TEM MAIS COMO...

Coloca uma coisa na sua cabeça quem pode mudar tudo isso sou eu e você tornando assim um todo... Se quiser ver mudança comece a mudar a se mesmo!!!

REVOLTE-SE

Texto feito por (A)lan

sexta-feira, 5 de março de 2010

Fábio sarjeta entrevista Abutre do Violência Suburbana


1)Quando e como surgiu a banda? Qual a mensagem e maiores influências da banda?

No início de 2.010, estávamos tomando uma breja num bar Rock N´Roll que costuma ser nosso canto, "BOTECO UMBURANA", enquanto reclamávamos por falta de eventos, decidimos além de montar uma banda, promover vários eventos, dando oportunidades a outras bandas iniciantes. Passamos a imagem do que é a vida nos subúrbios, a vida do operário, do trabalhador, mostramos qual a verdadeira realidade das coisas, expomos o que a mídia esconde, a corrupção, os massacres, o abuso policial, a fome, entre muitos outros temas.
Bom eu particularmente, tenho como grande influência uma banda que até hoje tem o mesmo espírito e se mantém viva, The Exploited, gosto muito do som deles e da maneira com que eles passam suas mensagens, totalmente simples e direto, gosto muito disso, The Danmed, Casualties, Clash, também são influencias, sem deixar de citar os Garotos Podres, fazemos muitos covers deles, gostamos muito. O Vitor (batera) tem outras grandes influências como The Opressed, The 4skins, The Skatalities, Bad Manners, entre outros, nosso homem das 4 cordas Agamenon tem como única e enorme influência uma banda que já tem longos anos de estrada e que continuam fabulosos com suas canções empolgantes, os Adicts.


2)Vocês têm organizado muitas gigs, zines e blogs. Está tendo bastante gente apoiando e incentivando estas atitudes que sintetizam um dos pontos fortes do nosso movimento que é o “faça você mesmo”?

Como disse, esse foi nosso primeiro sonho antes de formar a banda, e estamos obtendo um bom reconhecimento sim, bandas locais já começam a apoiar nosso trabalho, e querem tocar conosco.

3)O movimento Oi talvez seja o mais polêmico, devido à falta de informação. O que acha de pessoas de direita que usam de forma deturpada este termo que originalmente simboliza a união entre punks e skins?

Bom, o som Oi! É sim o mais polêmico devido a este fato, o que tenho a dizer a respeito, é que essas pessoas que deturpam totalmente a imagem do Oi! Usando-o como rótulo para esconder o facismo por trás dele não sabem nem o que é ser um Punk ou Skinhead, maioria são ganguistas obcecados por violência, outras vezes são filhinhos de papai revoltadinhos, que pregam amor pela nação e pelo sul, dizendo ele ser único e superior tentando impedir a entrada de estrangeiros e até de brasileiros de determinadas regiões do brasil, o Nordeste que o diga. Resumindo eles deveriam se afastar do Oi! E se assumirem facistas/integralistas, já que se dizem ser tão homens.

4)No Nordeste praticamente não existem Carecas e White Power, como é a convivência entre punks e skins por aí?

Bom aqui na Bahia existe sim alienados metidos a sulistas, dizem ser carecas do brasil, alguns do subúrbio, e alguns nazistas negros, em todos os lugares existe a alienação, porém com consciência e união estamos mostrando a verdadeira face do Oi! A verdadeira essência, unindo Punks & Skins, dando rolé juntos, organizando Gigs, colando nos sons, nos reunindo, conscientizando cada pessoa que tenha interesse em conhecer a verdadeira historia, e com isso temos ganhado muito respeito por aqui já não ouvimos nos chamarem de nazistas, como acontecia antigamente, o pessoal do metal acreditava que todo skin era nazi e todo punk que eles acompanhassem, eram nazistas com moicano, enfim mudamos totalmente a visão de todos, vivemos bem, unidos e fortes.

5)Obrigado pela atenção, parabéns pelas iniciativas. O espaço é de vocês.

Antigamente tínhamos que sair espertos em cada esquina que passávamos, hoje alguns temem a nossa união, outros respeitam e alguns apóiam, resumindo não temos nenhum tipo de problemas, temos o respeito e o reconhecimento pelo que já fizemos.


Dia 27/03 em Feira de Santana / Bahia

Violencia Suburbana - FSA (Punk/Street Punk)
Sarjeta - SP (Punk/Ska)
Os indesejáveis - FSA (Punk/Oi!)
Antifacho - SSA (Oi!)
Consciencia Popular - FSA (HC)
No Off - FSA (HC Melódico)

16:00hrs - Entrada R$ 5,00


Dia 29/03 Sarjeta em Aracaju / Sergipe

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Entrevista com Fernanda Terra do Final Fight


1 - Como e quando surgiu a idéia de montar a banda Final Fight? E como é tocar com Chris Skepis (ex Cock Sparrer) e Demente?

Em 2004 Chris estava procurando 2 mulheres pra tocar com ele e com o Deca, o ex guitarrista, eu não conhecia eles ainda, mas conhecia a Bya a ex baixista que me chamou pra banda. Era praticamente outra banda e ainda chamava Gutter Cats, de uma hora pra outra a Bya e o Deca saíram da banda e o Demente cobriu um show que já estava marcado e ficou pra sempre, e já existia uma banda chamada Gutter Cats então mudamos o nome pra Final Fight, e tipo praticamente mudou total a cara da banda, pq antes a gente tocava mais cover de Cock SParrer e The Clash, tinha uma ou outra música própria, aí a gente começou a compor mais. Mas isso tudo foi fluindo acontecer assim, não planejamos nada, e desde então eu e o Chris não paramos mais de tocar juntos. O Chris é uma figura né? Independente de ter tocado na puta banda da Inglaterra lá, ele mesmo é uma figura, já viveu tanta coisa no rock, quem não conhece tem que conhecer. Hoje em dia alem de tudo somos super amigos. E eu curto tocar com o Demente, a gente faz um som desde quando a gente tava começando a ficar. A gente alugava o estúdio só pros 2 e ficava lá tocando. Mas aí na banda as coisas ficam mais serias já teve show que a gente tinha brigado e a gente entrou brigado no palco, moh ruim isso, mas talvez tivesse sido ruim tb se tivesse rolado a briga e soh ele fosse tocar ou só eu. Sei lá já me falaram que onde se ganha o pão não se come a carne, mas eu acho legal tocar com namorado, “erraria’ tudo de novo rs.

2 – Nos conte sobre as outras atividades que você exerce relacionadas à arte.

Eu trampo como Designer desde 98, desenho desde que me entendo por gente, pinto quadros faz alguns anos, toco batera desde 92, já fiz aula de piano quando eu era criança mas nem conta rs . Agora to dando aula de batera pra um aluno que já me pedia faz um tempo pra ter aula e tava total sem tempo, to gostando, e acho que já arrumei mais um aluno, já tinha dado aula há muito tempo atrás, agora voltei.

3 – Você ainda sente que há preconceito sobre minas tocando bateria? Quando começou, tinha muita gente dizendo pra você trocar de instrumento?
Tem até hoje, claro...Toda hora falam que eu tinha quer ser vocalista, você já ouviu minha voz? Acho que não né? Hahaha...Nenhuma vocação pra vocal meu, mas enfim... Hoje até sinto certo respeito, o foda é que antigamente os comentários pesavam mais pq meio que levava a me questionar sobre mim mesma, eu era super nova, aí ouvia: “po... tocar bateria com esse pulso fino? Vc nunca vai tocar legal’ Vc acaba ficando em dúvida, mas aí com o tempo vc vai aprendendo que tem técnica se vc souber usar, vc acaba tocando muito mais pesado que um homem bombadão. É que nem nas artes marciais, vc vê aqueles japinhas magrelinhos apavorando um monte de gente...É técnica!!!! Aí vc vai rompendo essas barreiras que eu acho que foram mais difíceis. Hoje em dia se eu ouço alguém falar alguma coisa preconceituosa nem ligo, dou até risada da ignorância, só me irrita quando a pessoa fala de alguma coisa, vai lá e faz pior, acho que vc só pode falar mal de alguma coisa se vc tem moral pra falar, se vc domina o assunto.

4 – Existe muita gente que diz que mulher não toca bem batera, acha que é somente um comentário machista? Conheço algumas que destroem (no bom sentido), cite algumas que você gosta.
Eu não to nem aí pra essas pessoas que falam esse tipo de coisa, ainda mais quando não tocam batera e tem uma opinião dessa. Eu acho que até hoje tem pouca mina que destrói na batera, mas pouco cara que destrói tb né? Proporcionalmente tem mais homens pq até hoje tem menos mulher que toca. É um instrumento que precisa de muita dedicação, é praticamente um esporte, se vc não treina vc perde a pegada.
Bateras que eu curto tocando: Liliam Carmona, Vera Figuedo, Cindy Blackman, Simone Sou, Pitchu, Samantha Maloney....


5 – Como foi tocar com o Dominatrix? E até que ponto acha válido ou maçante assuntos como feminismo e femismo?
Foi 1 mês pela Costa Oeste dos Estados Unidos, público dyke, feminista, foi bacana, experiência única.
Eu acho que toda mulher e todo homem que gosta de mulher deveriam ser feminista. O femismo até onde eu entendo, eu acho q não leva a nada, tão preconceituoso quanto machismo, mas eu entendo a visão, se eu fosse homosexual mulher, se só gostasse de mulher ia ser fácil ser femista, até mesmo pra se “vingar” de todo esse machismo que nós mulheres sofremos por todos esses anos, e assim tb como se eu fosse homosexual homem seria fácil ser machista, mas eu gosto de homens e mulheres não consigo separar gênero, então isso nunca me pegou, pra mim as diferenças são pessoais. Eu não to querendo dizer que os gays são machistas e femistas, conheço gay mais feminista que muita mulher, mas eu acho que é mais fácil ter essa atitude se a pessoa não gosta e/ou não respeita a pessoa do outro sexo.


6 – Lembro de você entregando panfleto de show do Food for Life na Vila Madalena, isso numa época que a banda estava digamos no auge, final da década de 90. Sempre te encontro nos shows underground, mesmo quando não vai tocar. Você acha que o underground ainda esta sendo prestigiado da maneira que merecia? O que acha que precisa acontecer para que a cena se fortaleça mais?
Po vc lembra? Anos 90 foi muito foda...Eu sempre fiz toda essa correria mesmo, só assim pra fazer o lance acontecer e nunca mais parei.
Eu acho que hoje em dia o pessoal tem que guardar dinheiro pra ir em shows gringos que estão super caros. Aí a chance de ele ver uma banda nacional vai ser nesse show aí e provavelmente a banda não vai ganhar nada pra abrir o show, mas a banda topa pq tem o retorno do publico que ouve pelo menos uma vez a banda, e já ouvi falar que até pagam pra abrir. Eu acho o cúmulo tudo isso. Adoro fazer show beneficente, show na rua de graça, mas acho q a partir do momento que o publico ta pagando pra entrar na casa vc tinha que ganhar uma porcentagem, e pagar é o fim ne?
Eu não sei o que acontece com a juventude de hoje, quando eu era mais nova (até hoje mesmo) sentia o maior prazer em sair, ver show, ver gente, ver zines (nossa, lembra quando TODO show tinha zines?) mandar carta pra divulgar as demos, ligar pra marcar show, curtia todo o lance underground, hoje em dia ninguém ta mais nem aí, não sei o que fazer pra cena se fortalecer mais não, eu acho que faço minha parte, conheço umas pessoas que faz tb mas não depende de 10, 11 pessoas, e sim de todo mundo. Agora se as pessoas preferem consumir empurrando com a barriga o que as grandes gravadoras escolhem pra elas eu não posso fazer nada.


7 – Obrigado Fernanda pela atenção, é um imenso prazer trocar essa idéia contigo. Parabéns por tudo que faz e fez pela nossa cena. Deixe uma mensagem para os leitores do Sub Punk.
É isso aí Fabio, valeu pela oportunidade da entrevista! Respeito, igualdade e liberdade sempre!
Pra quem for de Curitiba, dia 15 de Maio na Drum Shop vai rolar um workshop de mulheres na batera, eu e mais 4 minas tocando juntas e conversando um pouco sobre bateria, evento inédito...Acho que vai ser legal!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

3° Edição Anarquistas Piotr Kropotkin


Pyotr Alexeyevich Kropotkin, em em russo: Пётр Алексе́евич Кропо́ткин, (Moscou, 21 de dezembro de 1842 — Dmitrov, 8 de fevereiro de 1921) foi dos principais pensadores políticos do anarquismo no fim do século XIX, geógrafo e escritor. Considerado também o fundador da vertente anarco-comunista.
Nascido membro da família real de Rurik, na idade adulta Kropotkin rejeitou este título de nobreza. Ainda adolescente foi obrigado a ingressar no exército imperial russo por ordem do próprio czar Nicolau I. Nesta mesma época passou a ter contato com a literatura progressista e revolucionária da época.
Interessado por Geografia, tornou-se explorador do círculo polar ártico percorrendo milhares de quilômetros a pé e registrando diferentes fenômenos relacionados a tundra e outras paisagens árticas. Em suas muitas viagens teve contato e passou a se solidarizar com os camponeses vivendo em condições miseráveis na Rússia e na Finlândia.
Este sentimento de solidariedade fez com que Kropotkin abandonasse a atividade de pesquisador. Com o dinheiro da herança recebida pela morte de seu pai viajou para o Leste Europeu tendo contato em diversos países ativistas e revolucionários, entre estes os associados de Bakunin e os seguidores de Marx. Em Genebra tornou-se membro da Primeira Internacional depois partiu em direção à Jura a convite de um anarquista que lhe relatara a força que o movimento adquirira naquela região. Estudou o programa revolucionário da Federação Anarquista de Jura, retornando à Rússia com a intenção de divulgá-lo entre ativistas libertários e populações marginalizadas. Na Rússia voltou a fazer pesquisas científicas, tomando parte em diferentes âmbitos do ativismo libertário.
Foi preso por diversas vezes por sua militância. Seus textos foram publicados por centenas de jornais ao redor do mundo. Foi o autor de livros hoje considerados clássicos do pensamento libertário, entre os mais importantes se destacam A Conquista do Pão (Хлеб и воля) e Memórias de um Revolucionário (Записки революционера) ambos publicados em 1892, Campos, Fábricas e Oficinas (Поля, фабрики и мастерские) de 1899, e Mutualismo: Um Fator de Evolução (Взаимопомощь как фактор эволюции) publicado em 1902. Em 1911 foi convidado para contribuir também para a Enciclopédia Britânica na escrita do verbete referente ao Anarquismo.
Seu funeral em fevereiro de 1921 constituiu o último grande encontro de anarquistas na Rússia, uma vez que este país, desde a revolução de 1917, estava sob o domínio dos bolcheviques marxistas que passaram a perseguir, exilar e aniquilar os ativistas libertários onde quer que fossem encontrados.

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