sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Somos ou nunca Seremos (partes)


Parte de uma letra minha.

Nunca se afaste dos seus ideais.
Nunca se adapte, fazendo por que o outro faz.
Esses nossos dias, parecem todos iguais.
Por que somos sintonizados, presos nos mesmos jornais.
A nossa indiferença e desumanidade.
Invadem nossa casa, cegam nossa liberdade.
Não é nada fácil, evitar o sistema.
Mais nunca fechar os olhos, e perder a consciência.
nunca!!! desista.
A cada punk que morre, nasce um conformista.
Nunca se afaste dos seus ideais.
União e conhecimento por justiça e paz.

Punkesia kkkk, é por revolta é o que importa

Morcego.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SUB PUNK / PUNKRUSP


Sub Punk / PunKrusp
A Sub Punk é um veículo destinado ás pessoas de bocas inquietas. É um dos vários mecanismos que podemos utilizar. Lógico que algumas pessoas (a maioria delas mal intencionadas), podem associar tais ações a hipocrisia ou demagogia, mas eu nem ligo, pois ninguém é obrigado a concordar, muito menos pessoas de direita, pois falam que somos extremistas, mas com certeza extremas são suas mediocridades.
Eu moro no Parque Pinheiros em Taboão da Serra desde 2.002, e como sempre fiz e faço, procuro conhecer, e na medida no possível apoiar novas bandas. Quando mudei pra cá, nem tinha uma cena com bandas, ninguém fazia rock por aqui. Hoje são muitas as bandas, sempre disse ao microfone, “montem suas bandas, façam zines, faça crescer a cena ao qual você faz parte”.
O que mais falta por aqui é interação entre as bandas, zineiros etc. Desta forma não podemos construir algo realmente concreto por aqui, poderia ser uma cena maravilhosa, como foi e ainda é o PunKrusp de onde saíram bandas como Excomungados, Mercenárias, Sarjeta, Colisão Social, Antropófogos, Banda Punk, Insurgentes, Planeta Defunto, Os Meteoros etc. E zines como Sarjeta Zine, Ex-zine entre tantos outros muito legais.
Aqui as bandas tocam e saem fora, nem prestigiam as outras, é nítida uma espécie de competição, acontece desde 2.002 quando a coisa começou a tomar rumo. A cena aqui ainda tem poucos punks, por isso quero agradecer o Rodolfo (enter furians), Roberto Morcego, Dayane, Daya, Bones, Jana, Fábio (Olho Seco), Menstruação Anárquica, Demente & Fernanda, Mozine (Mukeka), PP (Atentado), Ariel que estão colaborando de forma ativa com a Sub Punk (aliás sempre colaboraram). Precisamos de mais pessoas com o mesmo intuito.
Existem outras pessoas interessadas, mas tem que fazer acontecer, não somos um exército, não estamos recrutando ninguém, tem que ser merecedor mesmo. Tem pessoas aqui que tem um puta de um visual chamativo, mas o que mais fizeram de sério é reclamar que não deixaram entrar de graça nos shows, ou que o desconto foi pouco, pessoas assim não me interessam, e posso dizer em nome do movimento ao qual sou ativo a mais de 20 anos.
Mas tenho certeza, que aos poucos as negatividades acabam saindo de cena, pois só os verdadeiros sobrevivem, afinal punk não é moda e nunca foi. Façamos o favor de desenvolver um senso de autocrítica, e reservar mais tempo tentando melhorar a nós mesmos. Para terminar, um som que foi tocado nos dois shows que vi nas ultimas duas semanas, a banda se chama Garotos do Subúrbio. “Garotos do subúrbio, garotos do subúrbio, vocês, vocês, vocês não podem desistir de viver”.
Fábio Sarjeta

minha segunda entrevista e com Mozine / Mukeka di Rato


FÁBIO SARJETA ENTREVISTA MOZINE
1 – Grande Mozine, nos conte como começou a saga do capeta cuspidor de fogo?

Final de 1.994. Quatro caipirinha, noiaba, caiçara do caralho, tocando hc fast idiota, querendo ser punk, bando de idiotas.
2 – Explica pra gente, o por que do nome Mukeka di Rato? Inclusive, o por que do “K”?
Botamos com K pra imitar as bandas da Finlândia, que era os bagulhos que nós escutávamos pra cacete na época, tipo Kaaos, Tervet Kadet, etc. Mukeka di Rato é porque mukeka é um prato típico no Espírito Santo, e várias bandas daqui ficavam botando nome de banda com coisas típicas, então nós botamos pra zuar essas bandas, e fizemos uma letra falando de pessoas que estavam comendo ratos nos lixões no nordeste, aí ficou assim. Um bagulho bem Dead Kennedys, pelo menos era nossa intenção, ou melhor, sempre tentamos imitar Dead Kennedys, ta na cara.
3 – Quais as influências para montar a banda?
Só escuto rock n´roll e hc japonês, melhores bandas, extremo! Não agüento mais escutar hc meio termo, uns bagulhos assim não rola mais pra mim, odeio muitas bandas de hc também, são todas iguais, chatas e mentirosas.
4 – Pode crer, hardcorezinhos comerciais são banais, feitas para pessoas banais. Vocês pretendiam ou imaginavam que a banda tivesse tamanho destaque no underground?
Não, é uma banda de merda, uns idiotas caipiras.
5 – Fala aí, já dá para viver de música, ou a grana só dá para um “black flag”?
Viver de música é foda, tem show que a gente até consegue segurar um dinheiro melhor e tal, Mas geralmente é calote, ou show que paga pouco, aí fica foda, aí a gente vai tentando equilibrar, não tem uma média, tem mês que a gente ganha o equivalente ao que a gente ganharia num trampo mais tosco e tal, tem mês que é uma bosta total.
6 – E aquela música que você fala que seus filhos vão pular no sofá ouvindo Excomungados. È a minha banda mesmo? Já ouvi gente falar que é outra? Que maldita banda é essa?
Rapá, é do Excomungados, sua banda mesmo mano, gostamos pra cacete da banda, “também quero comer chocolate, chocolate não é só pra burguês”.
7 – Fala sobre a banda Merda?
È uma merda!
8 – Fala um pouco sobre os Pedrero. E aquela música de cuspir cerveja na cara, tu é doido mano? Rsrrs
È nóis rsrsrrsrs, cerveja é tudo brother!
9 – Porra velho, você vai deixar mesmo teu filho pular no sofá escutando Excomungados? Não faz isso cara!

Lógico que faço! Hehe, puta banda maneira veio e o Sarjeta também! Louco é você que esta querendo me internar! Eu não quero não, não, não religião!
10 – Valeu mano, deixe uma mensagem para os leitores do Sub Punk.
Vão á merda seus cornos, valeu pela atenção. Abração.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Raulzito


Tá rebocado meu compadre
Como os donos do mundo piraram
Eles já são carrascos e vítimas
Do próprio mecanismo que criaram


O monstro SIST é retado
E tá doido pra transar comigo
E sempre que você dorme de touca
Ele fatura em cima do inimigo


A arapuca está armada
E não adianta de fora protestar
Quando se quer entrar
Num buraco de rato
De rato você tem que transar


Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo

Hoje a gente já nem sabe
De que lado estão certos cabeludos
Tipo estereotipado
Se é da direita ou dá traseira
Não se sabe mais lá de que lado


Eu que sou vivo pra cachorro
No que eu estou longe eu tô perto
Se eu não estiver com Deus, meu filho
Eu estou sempre aqui com o olho aberto


A civilização se tornou complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito pára o motor


Tem gente que passa a vida inteira
Travando a inútil luta com os galhos
Sem saber que é lá no tronco
Que está o coringa do baralho


Quando eu compus fiz Ouro de Tolo
Uns imbecis me chamaram de profeta do apocalipse
Mas eles só vão entender o que eu falei
No esperado dia do eclipse


Acredite que eu não tenho nada a ver
Com a linha evolutiva da Música Popular Brasileira
A única linha que eu conheça
É a linha de empinar uma bandeira


Eu já passei por todas as religiões
Filosofias, políticas e lutas
Aos 11 anos de idade eu já desconfiava
Da verdade absoluta


Raul Seixas e Raulzito
Sempre foram o mesmo homem
Mas pra aprender o jogo dos ratos
Transou com Deus e com o lobisomem