terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fábio Sarjeta entrevista Menstruação Anárquica


1 – Quando e como começou a banda? E a estréia de vocês, a história dos carecas e tal rsrsrsr.
Edwiges - A banda começou no fim de 92, eu e as meninas freqüentávamos os ensaios do DZK, e surgiu a vontade de tocar de produzir algo também, a gente era ruim pra cacete, cada uma tocava uma musica diferente ao mesmo tempo kkkkk. Daí Makarrão sem juízo nenhum fala “já marquei a estréia de vocês, vão tocar em Ferraz de Vasconcelos”, “vocês fazem assim, tocam as três musicas depois repetem” (a idéia) e a gente “ta bom, vamo ai”. Quando começamos a tocar não sei que raios da onde saíram, o som foi invadido pelos carecas, quando terminamos e conseguimos olhar pra galera que a gente tava tão nervosa que nem via ninguém, os Punks tinham sumidos tava só a gente e os caras do DZK e os carecas com taco de beisebol, corrente, até um cachorro na parada, da pra acreditar! E os caras falavam “Toca ai, vai parar só porque a gente chegou”. Nós “não, já acabou as musicas, só temos três” e os caras “Mentira é por causa da gente, a gente não vai zuar o som não” e nós “Ah não tem mais musica, acabou, a gente só sabe estas Tchau Tchau”. O pior é que era verdade, mas quem ia acreditar naquela situação né !!!!

2 – Qual a importância que você vê na coletânea Sp Punk para a banda e para a cena em geral dos anos 90?
Makarrão -
Muito importante. Porque os Punks que ainda resistiam, estavam cada um sem produzir nada, e a partir daí teve uma união entre os Punks do ABC e cidade que antes pareciam cão e gato. Começarão a surgir novas bandas que tão ai até hoje e isso só
fortaleceu, unidos somos muito mais fortes e capazes de realizar muitas coisas que não deixa o Punk morrer até hoje.
Edwiges - Para nós o SP punk foi um marco na década de 90, o movimento parece ter ganhado vida nova e a repercussão foi grande em cima desse Cd, nos ficamos muito honrados em poder participar desta compilação Histórica para o Punk Rock Tupiniquim.

3 – Qual a importância do festival “O fim do mundo”? Quais as maiores lembranças deste histórico festival?
Edwiges -
Nunca vi algo tão grandioso realizado pelos Punks para os Punks, muitas bandas que não tocavam mais voltaram à ativa, 60 bandas e oito dias de muito Punk Rock, exposição de materiais e vídeos, ali foi contada a história do que aconteceu em 20 anos, mostrando a força do faça você mesmo todos somos capazes.

4 – Imagino que vocês devem achar um saco, ou melhor, uma TPM... Mas qual a ligação da banda com o ideal feminista? E o que acha de pessoas que se dizem feministas, mas na verdade são femistas?
Edwiges -
O que penso sobre isso é que não somos uma banda de uma causa só, somos punks, onde queremos a igualdade para todos, independente de raça, credo, opção sexual ou nível social, queremos que todos possam viver bem, mas, porém, nossas riquezas são mal divididas, algum tem tanto que podem viver 500 anos e não conseguiram gastar tudo, enquanto outros nem sabe se iram comer no dia seguinte, isso é o que mais nós incomodamos.
Makarrão - Feminismo não é uma idéia errada, esta muito certa, mas já faz parte do ideal punk, algumas bandas se engajam e são muito radicais e acabam indo contra a liberdade dos outros e descriminando, não somos sectaristas e temos que conviver com pessoas certas, sejam homens ou mulheres.

5 – Quais os materiais que vocês têm lançado oficialmente? E o que esperam da gravação que esta programada para esta semana?
Edwiges -
Pois é, temos pouca coisa pra tanto tempo de banda, tivemos muita dificuldade em manter uma formação sólida e a falta de grana também ajudou, temos dois na coletânea SP punk e cinco no Pragas do Arrabaldes, estamos terminando a gravação do 1º Cd nesta semana e até Março de 2010, deve ter lançado.

6 – Edwiges, sua comida predileta é Macarrão?
Edwiges -
Kakakakaka ah, eu adoro todos os Makarrões, seja eles com “k” ou alho e óleo Bololhessa, kkkkk

7 – Galera é uma grande satisfação ser companheiro de cena com vocês. Obrigado pela atenção, vocês são foda! Para terminar deixe um recado para os leitores da sub punk.
Edwiges -
A todos, que nunca abaixe a cabeça, sigam em frente com o propósito de liberdade, igualdade, sempre contestando o errado e caminhando pelo certo, e sempre faça você mesmo!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

2° Edição Anarquistas - Errico Malatesta


O influênciado mais notavel de Bakunin sem duvida foi Malatesta, atravez de sua biografia, conquistas e obras continuaremos essa viagem pela história da Anarquia "Nossa historia".



Errico Malatesta (Santa Maria Capua Vetere, 14 de dezembro de 1853 — Roma, 22 de julho de 1932) foi um teórico e ativista anarquista italiano.


Nasceu em 1853 em uma família abastada do sul da Itália. De fato, os Malatesta dominaram a província de Rimini e, no período de maior expansão, os castelli do norte de San Marino, a província de Pesaro, parte de Ancona, Forlì e Ravenna, entre 1295 e 1528.

Desde muito jovem, Errico adere aos ideais republicanos de Giuseppe Mazzini. Aos catorze anos de idade, protesta contra uma injustiça local, enviando uma carta ao rei Vítor Emanuel II, considerada por Luigi Fabbri como “insolente e ameaçadora”. As autoridades levaram o fato a sério e ordenaram a sua prisão, em 25 de março de 1868. Seu pai conseguiu libertá-lo recorrendo a amigos. Dois anos mais tarde foi novamente preso em Nápoles, por liderar uma manifestação, sendo suspenso por um ano da Universidade de Nápoles, onde estudava medicina.

Em 1871, após a Comuna de Paris abandona as idéias republicanas e adere ao anarquismo, ingressando na Associação Internacional dos Trabalhadores, AIT (Primeira Internacional) . Nessa época, entusiasmado com a atividade revolucionária, escreveria sobre a Internacional:

Todos entregavam para a propaganda tudo o que podiam, e também o que não podiam, pois quando o dinheiro escasseava, vendiam tranqüilamente os objetos de suas casas, aceitando com resignação as censuras das respectivas famílias. Pela propaganda esquecíamos o trabalho e os estudos! Enfim, a Revolução estava a ponto de eclodir a qualquer momento e consertaria tudo. Alguns acabavam com freqüência na cadeia, todavia, saíam dali com mais energias do que antes: as perseguições não tinham outro efeito senão consolidar nosso entusiasmo. É verdade que as perseguições daquele momento eram fracas comparadas com as que viriam mais tarde. Naquela época, o regime havia saído de uma série de revoluções e as autoridades, rígidas desde o início com os trabalhadores, em particular no campo, mostravam certo respeito pela liberdade na luta política, uma espécie de indisposição parecida com a dos governantes austríacos e a dos Bourbons, que, todavia, se desfez tão rápido quanto se consolidou o regime, e a luta pela independência nacional foi relegada a um segundo plano.

Nessa época, Malatesta se dedica de corpo e alma à Federação Italiana e colabora com Carlo Cafiero em L’Ordine e La Campana de Nápoles, abandonando seus estudos para dedicar os próximos sessenta anos de sua vida à agitação anarquista. Ao longo desse período passou várias vezes pela prisão e lutou não só na Itália como em outros países distantes e tão diferentes entre si quanto a Turquia e a Argentina. Participou também de insurreições na Bélgica, Espanha e Itália.

Em 1872, no Congresso de Saint-Imier, no cantão de Berna, conheceu Bakunin, de quem iria sofrer profunda influência:

... e assim fui para a Suíça com Cafiero. Encontrava-me enfermo, cuspia sangue e tinha em mente a idéia de que estava tuberculoso... Enquanto atravessava à noite o Gotardo (naquela época ainda não havia o túnel, sendo necessário atravessar a montanha coberta de neve em diligência) resfriei-me e cheguei à casa de Zurique, onde vivia Bakunin, tiritando de febre. Depois das primeiras saudações, Bakunin me preparou uma cama e me convidou – ou melhor, me forçou – a deitar-me, cobriu-me com todos os cobertores que pôde encontrar e insistiu para que eu descansasse e dormisse. Tudo isso com um cuidado e uma ternura maternal que me chegaram diretos ao coração. Quando me encontrava envolto nos cobertores e todos pensavam que eu dormia, ouvi Bakunin dizer coisas admiráveis sobre mim e comentava melancolicamente:“É uma pena que tenha ficado tão enfermo, em breve o perderemos; não lhe restam sequer seis meses!”

Entre as influências que determinaram o desenvolvimento de Malatesta, a de Bakunin foi a mais importante. Malatesta se refere a ele como o grande revolucionário, aquele a quem todos nós vemos como nosso pai espiritual. Sua maior qualidade era a capacidade de comunicar fé, desejo de ação e sacrifício a todos aqueles que tinham a oportunidade de encontrá-lo. Costumava dizer que era preciso ter o diabo no corpo, e sem dúvida o tinha em seu corpo e sua mente.

No ano de 1873 eclodem os movimentos insurrecionais preparados por Bakunin e Cafiero. A polícia, advertida, faz fracassar esses movimentos. Malatesta se encontra em Puglia, foge numa carroça de feno, mas é reconhecido, preso e novamente encarcerado na prisão de Trani. No processo, em 1875, a propaganda pela Internacional não cessa e ele é absolvido. Junta-se então a Bakunin e Cafiero na Suíça. Nesse mesmo ano, apesar dos conselhos de Bakunin, parte para a Hungria a fim de participar da insurreição da Herzegovina contra os turcos. É preso e entregue à polícia italiana.

Juntamente com Carlo Cafiero e outros militantes prepara uma insurreição em Letino, província de Caserta, em 1877, que se tornou legendário na luta social italiana. Ele e seus companheiros distribuiram armas para à população e queimaram arquivos públicos, proclamando o socialismo libertário. Malatesta e Cafiero, ainda que sabendo como fugir permaneceram no local e foram presos. A aventura durou doze dias, um policial foi morto, um outro foi ferido. No processo, todos declararam ter disparado contra os policiais, mas o júri os absolveu.

Malatesta volta a Nápoles em 1878 e é constantemente vigiado pela polícia. Gasta sua herança em propaganda. Parte por um tempo para o Egito. Lá, o cônsul italiano o expulsa para Beirute; o de Beirute o envia para Esmirna. A bordo de um navio francês, torna-se amigo do capitão, que o conserva no navio até a Itália. Em Livorno, a polícia quer prendê-lo, mas o capitão se recusa a entregá-lo. Finalmente, Malatesta desce para Marselha e dali vai para Genebra onde ajuda Kropotkin a publicar Le Revolté. Expulso, dirige-se à Romênia, em seguida, à França, em 1879. De novo expulso, vai para a Bélgica, depois para Londres. Fixa-se, enfim, em Londres, onde trabalha como vendedor de sorvetes e bombons, antes de abrir uma nova oficina mecânica.

No Congresso Anarquista de Londres de 1881 defendeu a criação de uma Internacional Anarquista.

Em 1885 exilou-se na Argentina, onde colaborou com os primeiros núcleos anarquistas, desenvolvendo uma ativa propaganda do Anarquismo, publicando o jornal Questione Sociale.

Regressou à Europa em 1889, desta vez indo para França. Mas logo teve de se exilar na Inglaterra.

Em 1913, vai à Itália, encontra-se com Mussolini, diretor do Avanti, importante jornal operário. Ao longo do ano de 1914 dedica-se a acalmar as querelas pessoais entre os anarquistas. Entra em contato com as outras organizações revolucionárias, faz conferências e encoraja os sindicalistas ).

Em Ancona, durante manifestações antimilitaristas das quais Malatesta participava, a polícia dispara e o povo se apodera da cidade. Os sindicatos decretam greve geral. É a “semana vermelha”. Porém, o exército intervém. Mussolini apóia o movimento em palavra, mas nada faz. Malatesta foge não sem declarar: Continuaremos a preparar a revolução libertadora que deverá assegurar a todos a justiça, a liberdade e o bem-estar.

Ainda em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial, proclama o Internacionalismo e manifesta-se contra aqueles que defendiam a causa aliada, inclusive seu amigo Kropotkin.

Em 1920, já na Itália, inicia negociações com os socialistas para fazer a revolução. A polícia tenta provocar desordens e assassiná-lo. Apesar dos obstáculos legais, seu jornal Umanità Nova tem uma tiragem inicial de 50.000 exemplares. Malatesta impulsiona a União Sindicalista Italiana (U.S.I.), de influência anarquista. No mesmo ano, em Ancona, eclode uma insurreição e as fábricas são ocupadas. Mas o movimento é traído pelos os social-democratas da C.G.T., que devolvem as fábricas.

Após um encontro anarquista em Bolonha, no qual Malatesta toma a palavra, eclodem incidentes, há vítimas e feridos do lado dos operários e da polícia. Malatesta e a equipe do Umanità Nova são presos. Os protestos se multiplicam, ocorrem atentados fascistas. O fascismo, financiado pela burguesia e ajudado pelo governo, avança. Em contrapartida, Malatesta favorece a formação dos grupos armados.

Em julho de 1922, a greve geral é proclamada pela Aliança do Trabalho - união de diversos sindicatos estimulados por Malatesta. Mas os fascistas dizima pela força. Em seguida, em outubro, acontece a “marcha sobre Roma” e, na praça Cavour, os fascistas queimam um retrato de Malatesta. Umanitá Nova é proibido. Malatesta, aos sessenta e nove anos, retoma sua profissão de eletricista. A polícia o vigia em todos os seus movimentos.

Em 1924, surge a revista Pensiero e Volontà. O fascismo, no seu início, permite a liberdade de imprensa, mas a censura se faz cada vez mais severa até a proibição da revista em 1926. A oficina de Malatesta é destruída pelos fascistas e ele é obrigado a sobreviver com a ajuda dos camaradas, assim como de sua companheira, Elena Mulli e a filha desta última, Gemma.

Malatesta passou os últimos anos de sua vida na Itália e, durante o regime fascista, correspondeu-se com Makhno e criticou duramente a Plataforma Organizacional dos Comunistas Libertários. Foi mantido em prisão domiciliar, morrendo em 22 de julho de 1932. Tal era o medo que inspirava às autoridades da época que, ao morrer, seu corpo foi jogado em uma vala anônima, para impedir que seu túmulo se transforma-se em um símbolo e ponto de partida para as agitações dos dissidentes.

to be continued... ^^

Zines 2° Sarjeta

Esses são Craaassico... Muito louco.



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Zines Excomungados e Sarjeta. 1° Porra!! da letra dos Excomungados

Restaurei alguns zines que robei do album do Fábião e vou postalos ^^ 1°

ZinEX Porra








logo logo tem + xD

OK Doutor,Texto muito bom do poeta das ruas,escritor, maluco e grande amigo Maurício Marques

OK Doutor, o Senhor venceu... Mas, a Utopia se Realizará, sim.

Ok Doutor, você venceu. A utopia não se realizará.

Dou-me por vencido...Que força teria qualquer argumento meu diante da prova cabal e fulminante que vossa senhoria me apresenta, o dicionário aberto na página onde a palavra utopia encontra-se grafada. Utopia, projeto irrealizável, fantasia, quimera, etc.


Sim, doutor, eu estava enganado quando afirmei acreditar na realização da Utopia.

Como fui tolo e incoerente em acreditar que algo intangível e inatingível possa ser alcançado.

Parabéns, doutor! Como um advogado, o senhor abriu o dicionário, como se este fosse a carta magna e brilhantemente impetrou um mandado de segurança contra a instauração da Utopia.

Provando que morfologicamente a etimologia contraria a dialética, conferindo à Utopia um caráter totalmente inconstitucional.


Eu até pensei que poderia convencê-lo ao citar Aldous Huxley em seu comentário sobre o Admirável Mundo Novo, quando ele diz que “O medo da humanidade é que as Utopias se realizam”.

É claro que se Aldous conversasse com vossa senhoria, teria que rever o seu conceito e até mesmo que se retratar por ter dado à palavra utopia um sentido representativo da soma dos anseios e aspirações individuais. A ampliação para o coletivo dos ideais mais românticos e menos egoístas.

A vontade e motivação maior da alma humana, resplandecida e verbalizada em um som, inaudível àqueles que insistem em tapar os ouvidos, mas, ecoando num canto de chamamento, convidando à felicidade todos os povos, reunindo-os em uma única nação; Onde tremula desfraldada no horizonte a bandeira da paz e do amor maior; epa, desculpe-me, doutor, mas acho que agora viajei um pouquinho além,...Mas, buscando expressar-me de uma maneira mais racional, conforme vossa senhoria deve preferir; aquilo que Carl Jung denominou como “Inconsciente Coletivo”.

Ok, doutor, o senhor venceu, a Utopia não se realizará, porque, se ousar contrariar a gramática, será condenada a desaparecer das mentes e espíritos ao desintegrar, fragmentando-se e incorporando-se ao mundo que chamamos realidade. Assim como os nossos sonhos que deixam de ser sonhos quando se realizam; aquilo que um dia foi considerado utópico, como as viagens espaciais, a comunicação à distância, o computador, a clonagem, enfim, isso e muito mais, hoje em dia não passam de simples questões tecnológicas. Nem ao menos realismo fantástico pode ser considerado.

Pois é, doutor, mas o senhor jamais se deixaria convencer por balelas, quimeras sofismáticas, não é mesmo, doutor?

Ok, doutor, mas, por favor, permita-me ao menos em consideração à bravura com a qual debati defendendo a utopia (que não existe), continuar vibrando e conspirando favoravelmente pela realização dos ideais mais altruístas dos homens, pelo menos os de boa vontade.

O desejo de um mundo novo alicerçado nos mais nobres valores de justiça e liberdade. Um mundo onde a exploração do homem pelo homem não ocorra, simplesmente por este ser um comportamento desumano.

Onde todos, sem distinção, são iguais em direitos e oportunidades e o valor individual avaliado apenas pela maior ou menor capacidade para servir (independente da conta bancária). Um lugar onde as leis pudessem ser traduzidas em simples recomendações, como: O respeito à natureza e tudo que exista nela em especial o respeito próprio e ao semelhante. Um lugar onde as competições tenham como único objetivo á auto-superação física, mental, artística, cultural e produtiva.

Uma terra onde todos os seus pomares, suas roças, seus mananciais e riquezas sejam comuns a todos.

Bem, doutor, ainda me resta o consolo da promessa da terra prometida habitada por seres verdadeiramente humanos.

É, doutor, o senhor pode até dizer que sou um sonhador, mas vai se preparando..., Porque como disse John Lennon, eu já não sou o único...

Ok, doutor, mas pensando melhor, vá à merda com seus falsos valores e com a sua falsa descrença no potencial humano de se autogovernar.

Vá à merda com aquela sua falsa idéia de que o homem só funciona sendo submetido, e que alguns nasceram para serem senhores, enquanto a maioria quase absoluta nasceu para ser escravo...

Caro doutor. é perfeitamente compreensível a sua postura. Vossa Senhoria defende os seus falsos valores, numa tentativa inútil de neles acreditar. E assim justificar sua condição de homem rico, sem nenhuma contrapartida produtiva. Em um país, onde aqueles que têm trabalho; trabalham tanto por tão pouco, imagino o sentimento de culpa que carregam aqueles que possuem tanto sem nada produzir, culpa esta, a responsável pelas neuroses dos teomânicos burgueses.

Ainda mais no seu caso, que o dinheiro foi herança do pai, um político, que fez em sua vida pública o que todos nós fazemos melhor na privada, e cujos vencimentos recebidos, nem de longe justificaria a fortuna que acumulou e lhe deixou, deixando também o legado de sua má índole e neuroses egocêntricas.

Assim sendo, doutor, os sonhos de justiça dos oprimidos e vítimas da exploração, são também, os pesadelos dos opressores e exploradores que sempre encontrarão dispositivos legais ou não, valendo-se até mesmo do dicionário, se for preciso, para impedir a Utopia.

Doutor, pra você, melhor nem pensar que o equilíbrio individual implica equilíbrio coletivo e que o equilíbrio coletivo é reflexo do equilíbrio individual, porque isso implicaria responsabilidades, não é mesmo doutor?

Ok, você venceu, mas a Utopia se realizará, sim! E se o senhor seu avô fosse estéril ou simplesmente tivesse sido castrado antes de procriar, com toda a certeza, ela estaria um pouco mais próxima!



Mauricio Carvalho Marques em "Barco de Ilusões".

www.poetamauriciomarques.com


Maurício Marques, autor do Romance

"O Leão Sol e a Abelha Lua de Mel".

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

1°edição " Anarquistas" (Bakunin)


Vou começar a postar frequentemente um pouco da história do anarquismo e dos grandes feitos, mostrando o quanto somos grandes, e podemos ser maiores, tambem o quanto fomos oprimidos e impedidos, mais o quanto ja mudamos e se não fosse por nós, seria muito pior... anarquia sempre!!
Morcego.

Começando da origem da palavra e descrição
Anarquismo (do grego ἀναρχος, transl. anarkhos, que significa "sem governantes",[1][2] a partir do prefixo ἀν-, an-, "sem" + ἄρχή, arkhê, "soberania, reino, magistratura"[3] + o sufixo -ισμός, -ismós, da raiz verbal -ιζειν, -izein) é uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório.[4] De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita [5] e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias.
Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem.[6] A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas.[7] Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens. À ausência de ordem - ideia externa aos princípios anarquistas -, dá-se o nome de "anomia".[

Distorceram, nosso nome, nos chamaram de assassinos, nos algemaram.
Os senhores da industeria, facscistas, burgueses, escravisadores
Em muitos dicionarios e até na linguagem popular nossa causa ainda é sinonimo de caos, mais e esse mundo o que é?, com certeza nenhum pouco anarquista e muito mais anomio do que nossa mais louca utopia (Morcego)
Bom revoltas a parte vamos começar e não a forma melhor de se começar do que Bakunin.




Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (em russo Михаил Александрович Бакунин; Premukhimo, 30 de maio de 1814 — Berna, 1 de julho de 1876), também aportuguesado em Bakunine ou Bakúnine, foi um teórico político russo, um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX.
Nascido no Império Russo de uma família proprietária de terras de linhagem nobre, Mikahil Bakunin passou sua juventude em Moscou estudando filosofia e começou a freqüentar os círculos radicais onde foi em grande medida influenciado pelas ideias de Alexander Herzen. Deixou a Rússia em 1842 mudando-se para Dresden (Alemanha), e depois para Paris (França), onde conheceu grandes pensadores políticos entre estes George Sand, Pierre-Joseph Proudhon e Karl Marx.
Foi deportado da França por discursar publicamente contra a opressão russa na Polônia. Em 1849 foi preso em Dresden por sua participação na Rebelião de 1848. Levado de volta ao Império Russo, foi aprisionado na Fortaleza de Pedro e Paulo em São Petersburgo, permanecendo preso até 1857, quando foi exilado em um campo de trabalhos forçados na Sibéria. Conseguiu escapar do exílio na Sibéria indo para o Japão, chegou aos Estados Unidos, e de lá retornou para Londres e por lá ficou durante um curto período em que juntamente com Herzen colaborou para o periódico Radical Kolokol ("O Sino"). Em 1863 Bakunin partiu da Inglaterra para se juntar a insurreição na Polônia, mas não conseguiu chegar ao seu destino permanecendo algum tempo na Suíça e na Itália.
Apesar de ser considerado um criminoso pelas autoridades religiosas e governamentais, já naquele período, Bakunin havia se tornado uma figura de grande influência para a juventude progressista e revolucionária, não só na Rússia, mas por toda a Europa. Em 1868, tornou-se membro da Associação Internacional de Trabalhadores, uma federação de progressistas e organizações sindicais com seções em grande parte dos países europeus.


Em 1870, tomou parte na insurreição de Lyon, um dos principais precedentes da Comuna de Paris. Em 1872 Bakunin havia se tornado uma figura influente na AIT, fazendo com que, através de suas posições o congresso ficasse dividido em duas tendências contrapostas: uma delas que se organizava em torno da figura de Marx que defendia a participação em eleições parlamentares e a outra, de caráter libertário, se opunha a esta participação considerada não revolucionária, se articulava em torno de Bakunin.
A posição defendida pelo círculo de Bakunin acabaria sendo derrotada em votação, e ao fim do congresso, Bakunin e muitos membros foram expurgados sob a acusação de manterem uma organização secreta dentro da Internacional. Os libertários, entre eles Bakunin responderam a acusação afirmando que o congresso fora manipulado, e que por esse motivo organizariam sua própria conferência da Internacional em Santo-Imier na Suíça depois de 1872.
Bakunin manteve-se envolvido com muita atividade no âmbito dos movimentos revolucionários europeus. De 1870 à 1876, escreveu grande parte de sua obra, textos como Estadismo e Anarquia e Deus e o Estado. Apesar de sua saúde frágil, tentou tomar parte em uma insurreição em Bolonha, mas foi forçado a retornar para a Suíça

To be continued... hehe
Morcego.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Morcego entrevista Fábio Sarjeta


Ai fica fácil, entrevistar meu brother, mas não vai escapar do paredão não rsrs.

Fábio Sarjeta, descrevendo as cenas sem censuras ou cortes kkkkkkk.



1 - Morcego - Me lembro bem da cena mais ou menos em 2.000. A gente colava no Garajão (saudoso Ticos bar), aonde vinham bandas de vários picos, e juntavam loucos pra toda vertente do Rock´n Roll, a maioria das bandas faziam covers pra gente chapar e fazer o bate cabeça kkkk. Foi lá que nossa galera viu Sarjeta em ação, os caras aqui do Taboão da Serra que não faziam covers, tocavam hardcore com letras anarquistas e de crítica social, como era essa visão de traz do pedestal?


Fábio - Estou no movimento desde 1.988, mas minha identificação com a parte literária anarquista, começou através dos grupos de estudos que tínhamos principalmente no CRUSP em 1.996, antes nem sabia muita coisa, mas andava com camisa de “A” e com um visual bem chamativo. Hoje até emo modinha usa coturno e até minha querida mãe tem piercing. Naquela época a polícia tomava coturno da gente, fora que era muito difícil descolar coturno. Quando usava moicano, isso chocava demais as pessoas, hoje até David Beckham, pagodeiros e os emos usam moicano. Hoje sei que sou muito mais punk e anarquista, afinal, o verdadeiro moicano está dentro da cabeça. Punk é atitude, não somente visual. Aqui no Taboão, as bandas da década de 90 e começo deste século, que falavam de Anarquia, na verdade, nem sabiam direito o que é, era mais modismo, mas a importância maior é por conta de uma iniciação, alguns se aprofundaram.
O Garajão/Tico´s bar, juntamente com o estúdio que eu tinha, foram os dois principais pontos de encontro para a cena underground da Leptospirose city nesta década. Antes eu era mais ligado à cena do Punkrusp. O Amauri do Junk Head, que já conhecia nosso trabalho convidou a gente pra tocar no Garajão, e a gente iria fechar o show, logicamente fiquei preocupado, pois quase todas as bandas só gozavam com o pau dos outros, ou seja, eram bandas covers. E a galera naquela época não apoiava as bandas criativas, de identidade, que faziam trabalhos próprios. Mas aceitamos o convite. Tocou uma banda de hardcore melódico chamada No One Knows, me recordo que quando tocaram cover de CPM 22, a molecada pirou. Depois tocou Junk Head que tocava cover de bandas grunges, como aqui na Leptospirose City tem uma cena muito forte Grunge, o Garajão quase veio abaixo. Quando tocaram Mudhoney, eu fiquei possuído kkkkkk. Quando a gente foi tocar, esvaziou o lugar, pensei “nunca mais toco nesta merda” rsrsrsr. Ao final da primeira musica a galera entrou tudo pra dentro, e o show foi do caralho, a partir daí sempre tocamos, e Sarjeta virou uma espécie de “banda da casa”, tinham até pôster da Sarjeta e foto minha quando eu toquei pelado no festival que o grande e saudoso Tico armou na pista de skate que tinha no Pazine. Neste primeiro show eu disse ao microfone “façam suas bandas, com canções próprias, cantem em língua portuguesa, façam zines, faça crescer a cena ao qual você faz parte”. E por conta deste som iniciou-se uma era, em que a maioria das bandas que se formavam, eram com músicas próprias. Teve a partir deste show uma enchurada de bandas sendo formadas. E muitos jovens deixaram de lado as bandas do mainstream e criamos uma cena muito forte, apesar da desunião e das tretas. Hardcore melódico era forte, mas passou, agora o que esta na moda é emo, os grunges faziam uma coletividade maior com os punks, até porque Grunge no inicio era um termo destinado aos punks do noroeste estado-unidense. Ainda existem muitos punks e grunges desta época ativos na cena.



2 - Morcego - Essa de 2000 era minha cena de começar a colar em som, e de uma boa parte da galera e tal, como foi a sua?Quais eram as bandas e a proximidade que você teve com elas?


Fábio - Junk head, banda de bons e velhos amigos, e grandes companheiros, os sons deles eram uma grande festa junk rsrsrsr. Tive o prazer de tocar com eles em dois shows, e participação em vários outros sons do Junk. No One Knows, apesar da minha amizade com o vocalista Felipe, eu não me identificava com o som deles, esta banda acabou devido principalmente à entrega do Felipe ao verdadeiro movimento punk. Sarjeta e No One Knows formaram a maior rivalidade da história do underground taboanense rsrsrsr, mas isso com o passar dos anos foi superado. Mas meu ódio com hczinho é eterno! Destas bandas só sarjeta infelizmente continua na ativa. Depois vieram muitas outras bandas como, Bisoru Suku, deus Dead, Érus Ramazotis, Damião Cover Genérico Fight Club, Samsara, Enter Furians, Atentado, Hemp & Caos etc...


3 - Morcego - Fabião, o que te inspirou pra escrever as letras, e musicas, houve influência dos amigos, músicos, livros, acontecimentos?


Fábio - Com certeza tem influência de tudo isso. Tenho uma postura honesta, pois essa rigidez vem da inclinação e vontade de agir do modo que se propõe, sem ceder em hipótese alguma. Mas sinceramente não tenho preocupação em chocar, pois minhas letras acontecem naturalmente, não é apenas destruir, mas principalmente em construir algo, e combater a falta de ideais e autenticidade dentro da arte em geral, está tudo errado, e temos que parar, e recomeçar tudo novamente. Somos animais políticos, não no sentido partidário, mas no sentido de política ser vida, são relações que vivemos o tempo todo. Se ignorarmos isso, seremos mais uma espécie de animais controlados, como gados.
As influências literárias e musicais são diversificadas, Bakunin, Proudhon, Arthur Rimbaud, Kropotkin, Malatesta, Godwin, Stiner, George Woodcock, Michael Walzer, gibis Sin City, Chico Bento etc e etc... Punk 77, bandas punks nacionais, ska jamaicano e The Specials são meus prediletos, gosto também de hc old school; pré punk/garage, pós punk, surf music, psycho billy, jazz e rock alternativo.


4 - Morcego - Eu Estava em alguns shows da Sarjeta e dos Excomungados e tive o privilégio de conhecer as figuras mais trashs aprontando altas. Mas conta você pra gente um episódio que marcou das incríveis aventuras dos mestres das tosqueiras fodásticas kkkkkkk.


Fábio - No começo nós da Sarjeta não tinhamos instrumentos próprios, então em 2.001 roubamos uma guitarra de uma banda gospel, pratos de uma banda de hardcorezinho modinha e um baixo de uma banda de new metal pula-pula. Não façam isso heim! Dos excomungados, teve um som que rolou no bar do presunto em 2.006, a gente entrou numa favela, os traficantes armados de pistolas e fuzis, uma uzi, nos rendeu e nos levaram para o "abate" dizendo que éramos gansos, jogaram o parafuso no chão e começaram a bater nele, foi quando eu disse... "velho, na humildade, somos músicos e pais de família" e o cara disse "vocês tocam o que?" eu disse "punk rock, somos os Excomungados". Um deles era “ex punk”... e me disse "então canta a musica Pedido a Nathan" e eu cantei um trecho da musica, aí pararam de bater no Para e guardaram as armas... até ganhei uma paranga grátis. Mas tem muitas histórias macabras, muita loucura mesmo.


5 - Morcego - Você conviveu em um lugar de extrema importância, berço de toda forma de arte e loucura paulista. Aquele cenário, de universidade, protesto, junkeria, como era esse manicômio CRUSP?


Fábio - De 1.997 até 2.006, eu freqüentei e me doei muito para este movimento. Pessoas muito loucas e inteligentes, bandas foram formadas lá, como Sarjeta, Excomungados, Insurgentes, Fecaloma, Banda Punk, Mercenárias, Colisão Social, Meteoros, Planeta Defunto etc. Tínhamos grupos de estudos anarquistas, a gente colava nas reuniões do comitê zapatista, eu fazia a Sarjeta Zine que era impresso, e eventualmente outros publicavam outros zines, que com certeza tinham ótimos conteúdos. Transávamos muito, consumíamos drogas em excesso, fazíamos protestos, e organizávamos os eventos Prunkrusp, onde a entrada nunca foi cobrada, aliás, pedíamos alimentos não perecíveis ou agasalhos para serem doados em Ongs ou favelas. Uma época intensa e mágica.


6- Morcego - Como você entrou pro Excomungados? E como foi e é tocar os hinos punks, muitas vezes junto das bandas mais conhecidas da cena Punk?


Fábio - Eu conheci a banda em 92, era uma das minhas favoritas, e nesta época a banda estava muito em baixa, praticamente não existia mais. Quando a banda voltou em 2.000 eu colava nos sons, e sempre era convidado para tocar com eles, até que o Chinês me disse “ai Sarjeta, fica de vez na banda, porque ta foda” kkkkkkk. E com extremo prazer, e orgulho, sai do banco de reservas e virei titular.
Quanto as apresentações, as vezes é muito louco, a galera pira e eu piro junto. As vezes fica um clima de perplexidade total diante das tosqueiras e bizarrices apresentadas pela banda. Tanto a Sarjeta quanto os Excomungados, nós dividimos palco com muitas bandas, algumas muito conhecidas, outras nem tanto, algumas boas e outras ruins. Pra mim é sempre uma honra dividir palco com bandas boas ou bandas que tenham pessoas que se doam pelo movimento. Pra mim é mais importante se doar para o movimento do que ter banda boa, mas muitas vezes acontece os dois, e isto é ótimo.


7- Morcego - Vendo o decorrer dos anos, é realmente desanimador ver que muitas das boas bandas não estão onde merecem, enquanto a mídia enfia tanta porcaria na cabeça da molecada, fora todas as dificuldades de manter uma banda, ensaiar, gastos com equipamentos, a falta de espaço pra som punk, as tretas que foderam com vários sons. Você faria tudo de novo, mesmo sabendo que não há retorno financeiro?


Fábio - Com certeza sim, não me vejo de outra forma. Eu sou do subúrbio, e de uma família muito católica, e o movimento me abriu a cabeça contra o racismo, desigualdade social, homofobismo, machismo, estado etc. Portanto minha formação ideológica, meu caráter, personalidade etc, devo principalmente ao movimento punk.
Realmente é muito difícil manter uma banda honesta na ativa. Prefiro viver na sarjeta, que me entregar a mediocridade do mainstream, da sociedade e todo o seu moralismo hiprócrita e suas prateleiras morais, e a qualquer demência coletiva religiosa. È o que me faz acordar todos os dias. Enquanto eu dou um passo, a realidade, as vezes, dá dois, mas no dia seguinte eu darei três. O movimento Punk é minha muleta, a minha religião.


8 - Morcego - Você criou sua banda, e não precisa nem chegar muito perto pra ver o quanto é importante pra você. Defina o Sarjeta em uma frase.


Fábio - Nem tudo é carnaval no país do futebol.



9 - Morcego - Fabiones, valeu por responder, e em geral por toda contribuição pra nossa cena que continua a cada dia e que vamos lutar sempre pra que cresça,
pessoalmente agradeço por proporcionar os gritos de refrão, os bates e tudo que trouxe apoio a minha ideologia libertária, a influência musical underground que atingiu a mim e muitos a minha volta também. Á... e claro por tá presente costa a costa descendo o tapa nos pilantra quando precisou KKKKKKKKKKKKKKK.


Fábio - Obrigado por você existir, a galera que esta no ativismo da Sub Punk, e a todas as pessoas de bem, como você disse, vamos continuar lutando no dia a dia pela cena, e por um mundo melhor. A cena é nossa! E é a gente que tem que tomar conta dela. Se tem coisas ruins, e isso acontece em todos os setores da vida social, são individualidades, o movimento Punk não orquestra isso, nós somos a diferença. Revolução e anarquia não são e nunca foram utopias. A gente pode fazer o nosso melhor, e se alto melhorar, num exercício diário, até nosso ultimo suspiro.

Quem quiser escutar uns sons da banda Sarjeta, tem 15 para downloads gratuitos, com letras e fotos, no site bandas de garagem. bandasdegaragem.com.br/sarjeta

ou

http://bandasdegaragem.uol.com.br/hotsite/index.php?id_banda=7162



Anarquia sempre!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Somos ou nunca Seremos (partes)


Parte de uma letra minha.

Nunca se afaste dos seus ideais.
Nunca se adapte, fazendo por que o outro faz.
Esses nossos dias, parecem todos iguais.
Por que somos sintonizados, presos nos mesmos jornais.
A nossa indiferença e desumanidade.
Invadem nossa casa, cegam nossa liberdade.
Não é nada fácil, evitar o sistema.
Mais nunca fechar os olhos, e perder a consciência.
nunca!!! desista.
A cada punk que morre, nasce um conformista.
Nunca se afaste dos seus ideais.
União e conhecimento por justiça e paz.

Punkesia kkkk, é por revolta é o que importa

Morcego.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SUB PUNK / PUNKRUSP


Sub Punk / PunKrusp
A Sub Punk é um veículo destinado ás pessoas de bocas inquietas. É um dos vários mecanismos que podemos utilizar. Lógico que algumas pessoas (a maioria delas mal intencionadas), podem associar tais ações a hipocrisia ou demagogia, mas eu nem ligo, pois ninguém é obrigado a concordar, muito menos pessoas de direita, pois falam que somos extremistas, mas com certeza extremas são suas mediocridades.
Eu moro no Parque Pinheiros em Taboão da Serra desde 2.002, e como sempre fiz e faço, procuro conhecer, e na medida no possível apoiar novas bandas. Quando mudei pra cá, nem tinha uma cena com bandas, ninguém fazia rock por aqui. Hoje são muitas as bandas, sempre disse ao microfone, “montem suas bandas, façam zines, faça crescer a cena ao qual você faz parte”.
O que mais falta por aqui é interação entre as bandas, zineiros etc. Desta forma não podemos construir algo realmente concreto por aqui, poderia ser uma cena maravilhosa, como foi e ainda é o PunKrusp de onde saíram bandas como Excomungados, Mercenárias, Sarjeta, Colisão Social, Antropófogos, Banda Punk, Insurgentes, Planeta Defunto, Os Meteoros etc. E zines como Sarjeta Zine, Ex-zine entre tantos outros muito legais.
Aqui as bandas tocam e saem fora, nem prestigiam as outras, é nítida uma espécie de competição, acontece desde 2.002 quando a coisa começou a tomar rumo. A cena aqui ainda tem poucos punks, por isso quero agradecer o Rodolfo (enter furians), Roberto Morcego, Dayane, Daya, Bones, Jana, Fábio (Olho Seco), Menstruação Anárquica, Demente & Fernanda, Mozine (Mukeka), PP (Atentado), Ariel que estão colaborando de forma ativa com a Sub Punk (aliás sempre colaboraram). Precisamos de mais pessoas com o mesmo intuito.
Existem outras pessoas interessadas, mas tem que fazer acontecer, não somos um exército, não estamos recrutando ninguém, tem que ser merecedor mesmo. Tem pessoas aqui que tem um puta de um visual chamativo, mas o que mais fizeram de sério é reclamar que não deixaram entrar de graça nos shows, ou que o desconto foi pouco, pessoas assim não me interessam, e posso dizer em nome do movimento ao qual sou ativo a mais de 20 anos.
Mas tenho certeza, que aos poucos as negatividades acabam saindo de cena, pois só os verdadeiros sobrevivem, afinal punk não é moda e nunca foi. Façamos o favor de desenvolver um senso de autocrítica, e reservar mais tempo tentando melhorar a nós mesmos. Para terminar, um som que foi tocado nos dois shows que vi nas ultimas duas semanas, a banda se chama Garotos do Subúrbio. “Garotos do subúrbio, garotos do subúrbio, vocês, vocês, vocês não podem desistir de viver”.
Fábio Sarjeta

minha segunda entrevista e com Mozine / Mukeka di Rato


FÁBIO SARJETA ENTREVISTA MOZINE
1 – Grande Mozine, nos conte como começou a saga do capeta cuspidor de fogo?

Final de 1.994. Quatro caipirinha, noiaba, caiçara do caralho, tocando hc fast idiota, querendo ser punk, bando de idiotas.
2 – Explica pra gente, o por que do nome Mukeka di Rato? Inclusive, o por que do “K”?
Botamos com K pra imitar as bandas da Finlândia, que era os bagulhos que nós escutávamos pra cacete na época, tipo Kaaos, Tervet Kadet, etc. Mukeka di Rato é porque mukeka é um prato típico no Espírito Santo, e várias bandas daqui ficavam botando nome de banda com coisas típicas, então nós botamos pra zuar essas bandas, e fizemos uma letra falando de pessoas que estavam comendo ratos nos lixões no nordeste, aí ficou assim. Um bagulho bem Dead Kennedys, pelo menos era nossa intenção, ou melhor, sempre tentamos imitar Dead Kennedys, ta na cara.
3 – Quais as influências para montar a banda?
Só escuto rock n´roll e hc japonês, melhores bandas, extremo! Não agüento mais escutar hc meio termo, uns bagulhos assim não rola mais pra mim, odeio muitas bandas de hc também, são todas iguais, chatas e mentirosas.
4 – Pode crer, hardcorezinhos comerciais são banais, feitas para pessoas banais. Vocês pretendiam ou imaginavam que a banda tivesse tamanho destaque no underground?
Não, é uma banda de merda, uns idiotas caipiras.
5 – Fala aí, já dá para viver de música, ou a grana só dá para um “black flag”?
Viver de música é foda, tem show que a gente até consegue segurar um dinheiro melhor e tal, Mas geralmente é calote, ou show que paga pouco, aí fica foda, aí a gente vai tentando equilibrar, não tem uma média, tem mês que a gente ganha o equivalente ao que a gente ganharia num trampo mais tosco e tal, tem mês que é uma bosta total.
6 – E aquela música que você fala que seus filhos vão pular no sofá ouvindo Excomungados. È a minha banda mesmo? Já ouvi gente falar que é outra? Que maldita banda é essa?
Rapá, é do Excomungados, sua banda mesmo mano, gostamos pra cacete da banda, “também quero comer chocolate, chocolate não é só pra burguês”.
7 – Fala sobre a banda Merda?
È uma merda!
8 – Fala um pouco sobre os Pedrero. E aquela música de cuspir cerveja na cara, tu é doido mano? Rsrrs
È nóis rsrsrrsrs, cerveja é tudo brother!
9 – Porra velho, você vai deixar mesmo teu filho pular no sofá escutando Excomungados? Não faz isso cara!

Lógico que faço! Hehe, puta banda maneira veio e o Sarjeta também! Louco é você que esta querendo me internar! Eu não quero não, não, não religião!
10 – Valeu mano, deixe uma mensagem para os leitores do Sub Punk.
Vão á merda seus cornos, valeu pela atenção. Abração.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Raulzito


Tá rebocado meu compadre
Como os donos do mundo piraram
Eles já são carrascos e vítimas
Do próprio mecanismo que criaram


O monstro SIST é retado
E tá doido pra transar comigo
E sempre que você dorme de touca
Ele fatura em cima do inimigo


A arapuca está armada
E não adianta de fora protestar
Quando se quer entrar
Num buraco de rato
De rato você tem que transar


Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo

Hoje a gente já nem sabe
De que lado estão certos cabeludos
Tipo estereotipado
Se é da direita ou dá traseira
Não se sabe mais lá de que lado


Eu que sou vivo pra cachorro
No que eu estou longe eu tô perto
Se eu não estiver com Deus, meu filho
Eu estou sempre aqui com o olho aberto


A civilização se tornou complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito pára o motor


Tem gente que passa a vida inteira
Travando a inútil luta com os galhos
Sem saber que é lá no tronco
Que está o coringa do baralho


Quando eu compus fiz Ouro de Tolo
Uns imbecis me chamaram de profeta do apocalipse
Mas eles só vão entender o que eu falei
No esperado dia do eclipse


Acredite que eu não tenho nada a ver
Com a linha evolutiva da Música Popular Brasileira
A única linha que eu conheça
É a linha de empinar uma bandeira


Eu já passei por todas as religiões
Filosofias, políticas e lutas
Aos 11 anos de idade eu já desconfiava
Da verdade absoluta


Raul Seixas e Raulzito
Sempre foram o mesmo homem
Mas pra aprender o jogo dos ratos
Transou com Deus e com o lobisomem

sábado, 14 de novembro de 2009

Che Che Che




Um pouco de Che pra animar ^^

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." [ Ernesto Che Guevara ]

"As tantas rosas que os poderosos matem nunca conseguirão deter a primavera." [ Ernesto Che Guevara ]

"A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar nosso futuro." [ Ernesto Che Guevara ]

"Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar." [ Ernesto Che Guevara ]

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

entrevista com Fabião da lendária banda Olho Seco


1 – Como surgiu a lendária banda Olho Seco? Com quem? E quando?

O Olho Seco foi formado em 1.980 no ensaio do Cólera e da banda Osso Oco, e no intervalo o baterista Sartana do Osso Oco continuou na bateria e como eu já tinha algumas letras começamos a levar um som, e o Redson e o Val vieram para completar a banda. Este ensaio foi na zona norte de São Paulo.

2 – Quais eram suas influências musicais e ideológicas para formar a banda?

Quando eu escutava rock, escutava Stooges, MC5 e muitas outras bandas da época. Quando apareceu o punk escutava Ramones, Sex Pistols, Clash, e eu queria fazer um som mais rápido e agressivo, e acho que o Olho Seco é isso. Nas letras coloco o que eu acho que está errado, guerras, problemas sociais etc.

3 - Sua antiga loja foi um dos principais pontos de encontro de punks. Conte-nos o por que de sua loja ter tanta importância para o movimento punk?

Abri a Punk Rock Discos em 1.979. E se não fosse a loja o punk não teria chegado aonde chegou, a maioria das bandas antigas foram formadas na loja, porque eram lá que os punks se encontravam, foi na loja que se teve a idéia de gravar um disco chamado Grito Suburbano, foi lá também que uma pessoa começou a arrumar memoráveis shows para as bandas como o do teatro Luso no Bom retiro, foi lá também que se teve a idéia de fazer o Começo do Fim do Mundo.

4 – Você tocou no festival O Começo do Fim do Mundo. Qual a importância deste festival? Você o considera uma espécie de “divisor de águas” para o movimento punk?

Imagine só, em 1.982 conseguir dois dias no Sesc da Pompéia tocando e falando sobre punk rock com 20 bandas e tudo isto de graça! Para a época foi um feito histórico, com ampla divulgação da imprensa. Lógico, depois do festival muitas pessoas queriam conhecer melhor as idéias do movimento, e depois de um grande evento como este muitas bandas se formaram.

5 – Excomungados foi uma destas bandas formadas após o festival rsrsr. Diga-me quais as diferenças mais visíveis, do movimento e música punk do final dos anos 70 e começo dos anos 80, em relação aos dias de hoje?

Excomungados! Nossa! rsrsrrs Nas primeiras bandas dificilmente alguém entrava na escola para aprender tocar algum instrumento, aprendiam um ou dois acordes e já saiam tocando. Entre os anos 80 e 90, muitos já entravam na escola para aprender a tocar melhor. O punk dos anos 80 teve mais impacto musicalmente falando porque era novidade e atualmente como o punk não morreu e só cresceu, conta com pessoas de diversas bandeiras, pessoas que se preocupam com o meio ambiente, com os animais, com o futuro do ser humano, etc.

6 – Com o processo de urbanização decorrente da revolução industrial, ocorreu o fenômeno da migração das massas para as grandes capitais do Brasil (principalmente para São Paulo), em busca de melhores condições de vida. Com isso acaba ocorrendo problemas como escassez de empregos, falta de moradias decentes e consequentemente criminalidade. Em meio da situação caótica o governo e as grandes indústrias só se aproveitaram no sentido de lucrar, ao invés de investir em outros lugares. A música “nada” aborda esse problema com esta visão? Se a música quis passar outra mensagem, por favor, nos explique.

Este país, infelizmente, sempre foi e sempre vai ser mal governado, este som eu fiz em 1.979, porque eu passava na Avenida Rio Branco e a rodoviária era nos campos Elíseos. O pessoal chegava da rodoviária, não tinha aonde ir e ficava acampado debaixo da estátua do Duque de Caxias. Eu pergunto pra você: “O que mudou de lá para cá?” Só piorou. As pessoas deixam familiares nas suas terras natais e vem tentar a sorte nos grandes centros urbanos, só que este não tem estrutura para abrigar tanta gente! Isto só aumenta a miséria, criminalidade, desemprego, falta de moradia, eu não vejo dignidade em morar debaixo de pontes ou na favela no meio dos ratos!

O que deveria ser feito? Os governantes dar muitos incentivos para as empresas tanto nacionais como multinacionais para se instalar nas regiões mais pobres do país. È sobre isto que quero falar na música “Nada”, que nada mais é que uma crítica a esta situação.

7 – Valeu Fabião pela atenção, e por tudo que fez e ainda faz pela nossa cena, para terminar, deixe uma mensagem para os leitores do blog da Sub punk.

Continue lutando pelo seu ideal, faça seu sonho se tornar realidade, estude bastante, não espere nada deste país, ele não vai te dar nada em troca.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

maldita grande mídia


Infelizmente a grande mídia é uma merda aonde toda a comunicação é filtrada. Não ouço mais falar em Iraque né! Acho que já se lucrou tudo que tinha para se lucrar nestes últimos anos, e como diz o ditado “o que os olhos não vêem, o coração não sente” no caso dos iraquianos o coração não sente porque não bate mais.

Existe na maldita terra do tio sam, um tal de “mural da bravura”, destinado aos “hérois” que para mim não passam de imbecis, não, não não...agora são cadáveres kkkkkkkkkkk. São voluntários que morreram “lutando pela liberdade”, só se for pela liberdade da Esso que aumentou muito a produção anual de petróleo.

Na parte dos não voluntários é muito nítido que a maioria são mulatos e negros. Quer dizer além de abaixar o preço do mercado interno do petróleo, que era altíssimo até o termino da guerra, promovem uma “limpeza” étnica. Com certeza Hitler, Mussoline e os ex-papas devem estar morrendo pela segunda vez... morrendo de inveja!

Alguém fala para o Barack Obama mandar demolir esta merda de mural... será que ninguem falou pra ele??? Se não ele que enfie o mural junto com o premio nobel da paz no umbigo dele.

Fábio Sarjeta

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

UNIÃO, INFORMAÇÃO, INDENTIDADE E LIBERDADE


Sub Punk é um coletivo com intenção de informar e unir:
Levar a ideologia libertaria verdadeira, rebatendo a mídia manipulador e a ignorância,entre outros tantos males que nos alienam.
Já temos que conviver com a Opressão que o sistema nos impõe, e nos dividimos e lutamos entre nós enquanto o oponente maior nos esmaga.

Ideologia, Subversão e Anarquismo!
anti autoritarismo e direitos mais justos!!
independente do sistema político, queremos mais honestidade mesmo que nessa falsa democracia

Através da união, musica, teatro, e toda e qualquer forma de arte e expressão, levar informação onde o sistema lucra: " manipulação"

Somos nós, INORDENÁVEIS! CONSCIENTES, E EM BUSCA DE NOSSA OPÇÃO.