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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Punkesia - mande uma também


Essa tal de liberdade herdada não me serve de nada..
é tudo uma farça televisionada, mas não desanime não ! pois temos o GRANDIOSO poder de votos em nossas mãos...

aceite este acordo que a séculos foi criado, torne-se mais um escravo assalariado...

NÃO pergunte !
NÃO duvide !

ou será mais um renegado, como todo ser pensante como todo ser libertario

e o mais importante, que todo bom cidadão deve saber, assista o maximo de televisão, compre tudo o que ver...

e se mesmo assim algo lhe faltar... negue ao máximo a a hipótese que estão a te enganar.

Poesia de gustavo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SUB PUNK - VERGONHA DE SER BRASILEIRO



XINGUE SEU PAÌS AQUI \/
Vamos ver se por exaustão algo muda ( nem que for um conceito)

Vou postar nesse tópico diversas manifestações de revolta sobre a nossa patria amada da iternt e juntar, espero que os comentários continuem

Jeú Casulo
- A graça é que tem big brother, fora que aqui é mais facil comer garotas do que arroz com feijao,,,
1 - os políticos do brasil são os mais caros do mundo
2 - foi comprovado que varios países com menor renda per capita concedem ao cidadão maior lazer, segurança, validação de direitos, educação etc em relação ao brasil
3 - o brasil tem recursos naturais exclusivos, que estao sendo "piratiados" enquanto brasileiros assistem BBB
4 - brasileiros pagam 40 reais por uma internet de 1mb instável, enquanto japoneses pagam aproximadamente 5 reais (em relação a moeda do japao q eu nao sei escrever o nome rs) por uma internet de 60mb movida a fibra otica (no pior dos casos)
5 - brasileiros pagam canais na TV fechada que sao abertos em paises como estados unidos canada inglaterra etc
6 - 40% dos recursos estudantis e 20% das ocupações profissionais sao ocupados por imigrantes (tipo...argentinos pegando suas vagas em faculdades e empresas multi nacionais)

enfim...vc nasceu no brasil? VC TA FUDIDO...sua unica vantagem em relação aos demais países se baseia na contração de DSTs14 fevLer comentário completo
.E EU VOU DAR UM TIRO NO PRIMEIRO PSEUDO PATRIOTA FDP Q VIER BABAR OVO PRA ESSA ALDEIA INDÍGENA NOMEADA BRASIL14 fevJoey, Otávio Ap. Colla JúniorIsso me lembrou o Slogam do Brasil... "Brasil, um País de todos"...


cAaaahh... Sem contar também, que nós temos o Preço de Combustível acho que mais Caro do Mundo ou da América Latina, e lembrem-se meus Jovens, somos Auto-Suficiente em Petróleo por MUITO TEMPO... Temos condição até de Exportar essa merda, mas... Alguém viu a Gasolina Diminuir? Carros Ecologicamente Corretos, são Acessíveis ao Povo Brasileiro?... Humm, acho que não XD




Joey, Otávio Ap. Colla Júnior
E Lembrando que no Brasil, o Professor é quase tão Desvalorizado quanto uma Puta de Beira de Estrada que nego dá Carona pra Cidade vizinha por um Foda ou um Boquetezim

E EU VOU DAR UM TIRO NO PRIMEIRO PSEUDO PATRIOTA FDP QUE VIER BABAR OVO PRA ESSA ALDEIA INDÍGENA NOMEADA BRASIL [2]

Rob (\/)orcego
Contribuíndo Já são 500 anos de exploração, é com o roubo de nosso minérios e matéra prima que se nomeiam 1° mundo




O Brasil tem tudo na verdade
A maor fonte de agua potável, a maior mata e o povo mais alíenado do mundo
agora a 3° maior de petróleo (que nem precisavamos perfurar mais o TIO SAM ficou sem gasólina e agora vão fura essa porra até da terremoto)
BRASIL é o país do futuro
O FUTURO DA EXPLORAÇÂO ´por qe é a unica coisa que sobrou pra ser roubada nessa porra
Mais relaxa... PQ vão queimar e secar tudo antes que acabem as reprises de Novela, e os canais de igreja vão te confortar quando tiver moredo de sede
E JÁ São 3 BALAS PRO PATRIOTA FDP

Jéssica disse...
Políticos ? bando de filhos da puta,para aumentar o próprio salário eles não pensaram duas vezes,agora pagar o que realmente deveria um trabalhador receber seria de 2.047,58$para poder sobreviver com dignidade,porem pra aumentar 15$ ja ta um drama por que o pais não da conta de um aumento desse nivel ¬¬ (algo assim).Mas são poucos os que se manifestam diante dessa injustiça,agora quando o Ronaldo se aposenta todo mundo se uni na tristeza (pra mim ele ja foi tarde u.u),mas pra levantar e ir lutar pelos direitos nego não que ir e ainda reclama de quem vai .. Realmente pra mim,grande parte da população brasileira é burra... Brasil um pais de todos haha menos dos brasileiro .

16 DE FEVEREIRO DE 2011 01:48
Bira disse...
Como pode um País parar durante 04 dias, nada contra a manifestação popular (carnaval) e não parar para protestar contra um governo sortido, corrupto, maléfico, inconsequente, ineficiente, decadente, absoleto, inerente, nefasto.
Devemos seguir o exemplo da Grécia ( Vide Cairo ), será que existe mesmo a tal da democracia?? o que existe é uma democracia velada, onde somos obrigados a votar, arghhh, obrigados a alistar no serviço militar, apagar um dos maiores impostos do mundo, perdendo apenas para alguns países do 3º mundo, a sujeitar ao horário de verão, onde pode ver que se não ecomoniza nada de energia elétrica, bobagem, a mais ventiladores ligados, ar condicionado ligados, abre-se mais a geladeira para tomar agua gelada, governo mentiroso, um País onde é o maior produtor de cana de açucar e etanol e a cada dia mais caro este produtos, governo de merda, fora os canalhas que compoem nesta posição, podres e falsos.
Ubiratan Fassheber.
http:/uniaodasforcas.blogspot.com

CONTINUEM... DESRRESPEITO, ÓDIO, PALAVRÕES, RANCOR, REVOLTA, NOJO, NA COERENCIA MUITO BEM VINDOS (declarações retirados de coversas do orkut) OS QUE QUISEREM DAR CONTINUIDADE FAÇAM OS COMENTÁRIOS QUE EU PASSO PRA POSTAGEM

sábado, 3 de julho de 2010

Ser libertário é não ditar como os outros devem agir!

Caros leitores, meu nome é Fábio, vivencio o movimento punk desde 88, fiz dezenas de zines, e me recordo que durante anos era comum a troca de zines, talvez esta prática seja a mais autêntica dentro do movimento. Em 2.007 fiz meu ultimo zine chamado “Sarjeta Zine”, zine este que comecei a fazer em 96, fiquei meio desiludido, pois via alguns exemplares xerocados jogados no chão do CRUSP e da Galeria do Rock, ou aos redores do Tico´s Bar, estes eram os locais onde eu mais distribuía de forma gratuita. Nos últimos anos passei a escrever para blogs e revistas de rock, pois assim só quem realmente se interessava iria ter acesso, mas sinto falta deste formato clássico impresso e xerocado.
Acredito que escrever textos e fazer letras musicais, sejam o meio mais tradicional de expressão, um veículo destinado ás pessoas de bocas inquietas, um dos vários mecanismos que podemos utilizar.
Ninguém é obrigado a concordar, muito menos pessoas de direita, pois falam que somos extremistas, mas com certeza extremas são suas mediocridades. Nem as pessoas que estão interessadas em viver em guetos, e se preocupam em dividir a cena, utilizar violência gratuita e dividir, queimando o filme de algo que muitos lutaram para construir. Pessoas que se dizem libertárias, mas querem impor regras, ditar regras dentro de um movimento de caráter libertário, estas pessoas são mal intencionadas, sempre existiram, mas logo viram estatística, morrem por causas mesquinhas ou se convertem a religiões, se tornam marionetes deste sistema maldito que quer nos ver a beira do abismo, não somos e nem podemos ser marionetes desta sociedade hipócrita, alienada, miserável e desigual.
Desta forma não podemos construir algo realmente concreto, quem está interessado em competição por território, não é, e nunca foi anarquista, temos que acabar com a competição entre nós. Não somos um exército, nossa intenção não é recrutar ninguém, mas sim aproximar pessoas que compartilham do mesmo intuito. Antes de possuirmos um puta visual chamativo, somos serem pensantes, e temos um inimigo em comum que é o estado.
Sendo assim união e informação são imprescindíveis para rebater a mídia manipuladora, a opressão e a ignorância, entre outros tantos males que o sistema nos impõe, e nos dividimos e lutamos entre nós enquanto o oponente maior nos esmaga.
Queremos mais honestidade para cada indivíduo dentro desta falsa democracia em que sobrevivemos. Tenho certeza, que aos poucos as negatividades acabam saindo de cena, pois só os verdadeiros sobrevivem. Afinal Anarquia não é moda e nunca foi. Façamos o favor de desenvolver um senso de autocrítica, e reservar mais tempo tentando melhorar a nós mesmos.
Independente do rótulo que você carregue, façam zines, blogs, passeatas, protestos, bandas, eventos, teatro, e toda e qualquer forma de arte e expressão libertária, faça crescer a cena ao qual você faz parte. Se você é um anarquista, altruísta, complacente e sua indignação aumenta a cada injustiça cometida no mundo, então somos companheiros. Nós somos a semente para a salvação do mundo e de nossos movimentos, somos nossa própria esperança para moldar nosso futuro. Não esperem nada de ninguém, façamos nós mesmos!
Anarquia sempre!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

3° Edição Anarquistas Piotr Kropotkin


Pyotr Alexeyevich Kropotkin, em em russo: Пётр Алексе́евич Кропо́ткин, (Moscou, 21 de dezembro de 1842 — Dmitrov, 8 de fevereiro de 1921) foi dos principais pensadores políticos do anarquismo no fim do século XIX, geógrafo e escritor. Considerado também o fundador da vertente anarco-comunista.
Nascido membro da família real de Rurik, na idade adulta Kropotkin rejeitou este título de nobreza. Ainda adolescente foi obrigado a ingressar no exército imperial russo por ordem do próprio czar Nicolau I. Nesta mesma época passou a ter contato com a literatura progressista e revolucionária da época.
Interessado por Geografia, tornou-se explorador do círculo polar ártico percorrendo milhares de quilômetros a pé e registrando diferentes fenômenos relacionados a tundra e outras paisagens árticas. Em suas muitas viagens teve contato e passou a se solidarizar com os camponeses vivendo em condições miseráveis na Rússia e na Finlândia.
Este sentimento de solidariedade fez com que Kropotkin abandonasse a atividade de pesquisador. Com o dinheiro da herança recebida pela morte de seu pai viajou para o Leste Europeu tendo contato em diversos países ativistas e revolucionários, entre estes os associados de Bakunin e os seguidores de Marx. Em Genebra tornou-se membro da Primeira Internacional depois partiu em direção à Jura a convite de um anarquista que lhe relatara a força que o movimento adquirira naquela região. Estudou o programa revolucionário da Federação Anarquista de Jura, retornando à Rússia com a intenção de divulgá-lo entre ativistas libertários e populações marginalizadas. Na Rússia voltou a fazer pesquisas científicas, tomando parte em diferentes âmbitos do ativismo libertário.
Foi preso por diversas vezes por sua militância. Seus textos foram publicados por centenas de jornais ao redor do mundo. Foi o autor de livros hoje considerados clássicos do pensamento libertário, entre os mais importantes se destacam A Conquista do Pão (Хлеб и воля) e Memórias de um Revolucionário (Записки революционера) ambos publicados em 1892, Campos, Fábricas e Oficinas (Поля, фабрики и мастерские) de 1899, e Mutualismo: Um Fator de Evolução (Взаимопомощь как фактор эволюции) publicado em 1902. Em 1911 foi convidado para contribuir também para a Enciclopédia Britânica na escrita do verbete referente ao Anarquismo.
Seu funeral em fevereiro de 1921 constituiu o último grande encontro de anarquistas na Rússia, uma vez que este país, desde a revolução de 1917, estava sob o domínio dos bolcheviques marxistas que passaram a perseguir, exilar e aniquilar os ativistas libertários onde quer que fossem encontrados.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

OK Doutor,Texto muito bom do poeta das ruas,escritor, maluco e grande amigo Maurício Marques

OK Doutor, o Senhor venceu... Mas, a Utopia se Realizará, sim.

Ok Doutor, você venceu. A utopia não se realizará.

Dou-me por vencido...Que força teria qualquer argumento meu diante da prova cabal e fulminante que vossa senhoria me apresenta, o dicionário aberto na página onde a palavra utopia encontra-se grafada. Utopia, projeto irrealizável, fantasia, quimera, etc.


Sim, doutor, eu estava enganado quando afirmei acreditar na realização da Utopia.

Como fui tolo e incoerente em acreditar que algo intangível e inatingível possa ser alcançado.

Parabéns, doutor! Como um advogado, o senhor abriu o dicionário, como se este fosse a carta magna e brilhantemente impetrou um mandado de segurança contra a instauração da Utopia.

Provando que morfologicamente a etimologia contraria a dialética, conferindo à Utopia um caráter totalmente inconstitucional.


Eu até pensei que poderia convencê-lo ao citar Aldous Huxley em seu comentário sobre o Admirável Mundo Novo, quando ele diz que “O medo da humanidade é que as Utopias se realizam”.

É claro que se Aldous conversasse com vossa senhoria, teria que rever o seu conceito e até mesmo que se retratar por ter dado à palavra utopia um sentido representativo da soma dos anseios e aspirações individuais. A ampliação para o coletivo dos ideais mais românticos e menos egoístas.

A vontade e motivação maior da alma humana, resplandecida e verbalizada em um som, inaudível àqueles que insistem em tapar os ouvidos, mas, ecoando num canto de chamamento, convidando à felicidade todos os povos, reunindo-os em uma única nação; Onde tremula desfraldada no horizonte a bandeira da paz e do amor maior; epa, desculpe-me, doutor, mas acho que agora viajei um pouquinho além,...Mas, buscando expressar-me de uma maneira mais racional, conforme vossa senhoria deve preferir; aquilo que Carl Jung denominou como “Inconsciente Coletivo”.

Ok, doutor, o senhor venceu, a Utopia não se realizará, porque, se ousar contrariar a gramática, será condenada a desaparecer das mentes e espíritos ao desintegrar, fragmentando-se e incorporando-se ao mundo que chamamos realidade. Assim como os nossos sonhos que deixam de ser sonhos quando se realizam; aquilo que um dia foi considerado utópico, como as viagens espaciais, a comunicação à distância, o computador, a clonagem, enfim, isso e muito mais, hoje em dia não passam de simples questões tecnológicas. Nem ao menos realismo fantástico pode ser considerado.

Pois é, doutor, mas o senhor jamais se deixaria convencer por balelas, quimeras sofismáticas, não é mesmo, doutor?

Ok, doutor, mas, por favor, permita-me ao menos em consideração à bravura com a qual debati defendendo a utopia (que não existe), continuar vibrando e conspirando favoravelmente pela realização dos ideais mais altruístas dos homens, pelo menos os de boa vontade.

O desejo de um mundo novo alicerçado nos mais nobres valores de justiça e liberdade. Um mundo onde a exploração do homem pelo homem não ocorra, simplesmente por este ser um comportamento desumano.

Onde todos, sem distinção, são iguais em direitos e oportunidades e o valor individual avaliado apenas pela maior ou menor capacidade para servir (independente da conta bancária). Um lugar onde as leis pudessem ser traduzidas em simples recomendações, como: O respeito à natureza e tudo que exista nela em especial o respeito próprio e ao semelhante. Um lugar onde as competições tenham como único objetivo á auto-superação física, mental, artística, cultural e produtiva.

Uma terra onde todos os seus pomares, suas roças, seus mananciais e riquezas sejam comuns a todos.

Bem, doutor, ainda me resta o consolo da promessa da terra prometida habitada por seres verdadeiramente humanos.

É, doutor, o senhor pode até dizer que sou um sonhador, mas vai se preparando..., Porque como disse John Lennon, eu já não sou o único...

Ok, doutor, mas pensando melhor, vá à merda com seus falsos valores e com a sua falsa descrença no potencial humano de se autogovernar.

Vá à merda com aquela sua falsa idéia de que o homem só funciona sendo submetido, e que alguns nasceram para serem senhores, enquanto a maioria quase absoluta nasceu para ser escravo...

Caro doutor. é perfeitamente compreensível a sua postura. Vossa Senhoria defende os seus falsos valores, numa tentativa inútil de neles acreditar. E assim justificar sua condição de homem rico, sem nenhuma contrapartida produtiva. Em um país, onde aqueles que têm trabalho; trabalham tanto por tão pouco, imagino o sentimento de culpa que carregam aqueles que possuem tanto sem nada produzir, culpa esta, a responsável pelas neuroses dos teomânicos burgueses.

Ainda mais no seu caso, que o dinheiro foi herança do pai, um político, que fez em sua vida pública o que todos nós fazemos melhor na privada, e cujos vencimentos recebidos, nem de longe justificaria a fortuna que acumulou e lhe deixou, deixando também o legado de sua má índole e neuroses egocêntricas.

Assim sendo, doutor, os sonhos de justiça dos oprimidos e vítimas da exploração, são também, os pesadelos dos opressores e exploradores que sempre encontrarão dispositivos legais ou não, valendo-se até mesmo do dicionário, se for preciso, para impedir a Utopia.

Doutor, pra você, melhor nem pensar que o equilíbrio individual implica equilíbrio coletivo e que o equilíbrio coletivo é reflexo do equilíbrio individual, porque isso implicaria responsabilidades, não é mesmo doutor?

Ok, você venceu, mas a Utopia se realizará, sim! E se o senhor seu avô fosse estéril ou simplesmente tivesse sido castrado antes de procriar, com toda a certeza, ela estaria um pouco mais próxima!



Mauricio Carvalho Marques em "Barco de Ilusões".

www.poetamauriciomarques.com


Maurício Marques, autor do Romance

"O Leão Sol e a Abelha Lua de Mel".

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Morcego entrevista Fábio Sarjeta


Ai fica fácil, entrevistar meu brother, mas não vai escapar do paredão não rsrs.

Fábio Sarjeta, descrevendo as cenas sem censuras ou cortes kkkkkkk.



1 - Morcego - Me lembro bem da cena mais ou menos em 2.000. A gente colava no Garajão (saudoso Ticos bar), aonde vinham bandas de vários picos, e juntavam loucos pra toda vertente do Rock´n Roll, a maioria das bandas faziam covers pra gente chapar e fazer o bate cabeça kkkk. Foi lá que nossa galera viu Sarjeta em ação, os caras aqui do Taboão da Serra que não faziam covers, tocavam hardcore com letras anarquistas e de crítica social, como era essa visão de traz do pedestal?


Fábio - Estou no movimento desde 1.988, mas minha identificação com a parte literária anarquista, começou através dos grupos de estudos que tínhamos principalmente no CRUSP em 1.996, antes nem sabia muita coisa, mas andava com camisa de “A” e com um visual bem chamativo. Hoje até emo modinha usa coturno e até minha querida mãe tem piercing. Naquela época a polícia tomava coturno da gente, fora que era muito difícil descolar coturno. Quando usava moicano, isso chocava demais as pessoas, hoje até David Beckham, pagodeiros e os emos usam moicano. Hoje sei que sou muito mais punk e anarquista, afinal, o verdadeiro moicano está dentro da cabeça. Punk é atitude, não somente visual. Aqui no Taboão, as bandas da década de 90 e começo deste século, que falavam de Anarquia, na verdade, nem sabiam direito o que é, era mais modismo, mas a importância maior é por conta de uma iniciação, alguns se aprofundaram.
O Garajão/Tico´s bar, juntamente com o estúdio que eu tinha, foram os dois principais pontos de encontro para a cena underground da Leptospirose city nesta década. Antes eu era mais ligado à cena do Punkrusp. O Amauri do Junk Head, que já conhecia nosso trabalho convidou a gente pra tocar no Garajão, e a gente iria fechar o show, logicamente fiquei preocupado, pois quase todas as bandas só gozavam com o pau dos outros, ou seja, eram bandas covers. E a galera naquela época não apoiava as bandas criativas, de identidade, que faziam trabalhos próprios. Mas aceitamos o convite. Tocou uma banda de hardcore melódico chamada No One Knows, me recordo que quando tocaram cover de CPM 22, a molecada pirou. Depois tocou Junk Head que tocava cover de bandas grunges, como aqui na Leptospirose City tem uma cena muito forte Grunge, o Garajão quase veio abaixo. Quando tocaram Mudhoney, eu fiquei possuído kkkkkk. Quando a gente foi tocar, esvaziou o lugar, pensei “nunca mais toco nesta merda” rsrsrsr. Ao final da primeira musica a galera entrou tudo pra dentro, e o show foi do caralho, a partir daí sempre tocamos, e Sarjeta virou uma espécie de “banda da casa”, tinham até pôster da Sarjeta e foto minha quando eu toquei pelado no festival que o grande e saudoso Tico armou na pista de skate que tinha no Pazine. Neste primeiro show eu disse ao microfone “façam suas bandas, com canções próprias, cantem em língua portuguesa, façam zines, faça crescer a cena ao qual você faz parte”. E por conta deste som iniciou-se uma era, em que a maioria das bandas que se formavam, eram com músicas próprias. Teve a partir deste show uma enchurada de bandas sendo formadas. E muitos jovens deixaram de lado as bandas do mainstream e criamos uma cena muito forte, apesar da desunião e das tretas. Hardcore melódico era forte, mas passou, agora o que esta na moda é emo, os grunges faziam uma coletividade maior com os punks, até porque Grunge no inicio era um termo destinado aos punks do noroeste estado-unidense. Ainda existem muitos punks e grunges desta época ativos na cena.



2 - Morcego - Essa de 2000 era minha cena de começar a colar em som, e de uma boa parte da galera e tal, como foi a sua?Quais eram as bandas e a proximidade que você teve com elas?


Fábio - Junk head, banda de bons e velhos amigos, e grandes companheiros, os sons deles eram uma grande festa junk rsrsrsr. Tive o prazer de tocar com eles em dois shows, e participação em vários outros sons do Junk. No One Knows, apesar da minha amizade com o vocalista Felipe, eu não me identificava com o som deles, esta banda acabou devido principalmente à entrega do Felipe ao verdadeiro movimento punk. Sarjeta e No One Knows formaram a maior rivalidade da história do underground taboanense rsrsrsr, mas isso com o passar dos anos foi superado. Mas meu ódio com hczinho é eterno! Destas bandas só sarjeta infelizmente continua na ativa. Depois vieram muitas outras bandas como, Bisoru Suku, deus Dead, Érus Ramazotis, Damião Cover Genérico Fight Club, Samsara, Enter Furians, Atentado, Hemp & Caos etc...


3 - Morcego - Fabião, o que te inspirou pra escrever as letras, e musicas, houve influência dos amigos, músicos, livros, acontecimentos?


Fábio - Com certeza tem influência de tudo isso. Tenho uma postura honesta, pois essa rigidez vem da inclinação e vontade de agir do modo que se propõe, sem ceder em hipótese alguma. Mas sinceramente não tenho preocupação em chocar, pois minhas letras acontecem naturalmente, não é apenas destruir, mas principalmente em construir algo, e combater a falta de ideais e autenticidade dentro da arte em geral, está tudo errado, e temos que parar, e recomeçar tudo novamente. Somos animais políticos, não no sentido partidário, mas no sentido de política ser vida, são relações que vivemos o tempo todo. Se ignorarmos isso, seremos mais uma espécie de animais controlados, como gados.
As influências literárias e musicais são diversificadas, Bakunin, Proudhon, Arthur Rimbaud, Kropotkin, Malatesta, Godwin, Stiner, George Woodcock, Michael Walzer, gibis Sin City, Chico Bento etc e etc... Punk 77, bandas punks nacionais, ska jamaicano e The Specials são meus prediletos, gosto também de hc old school; pré punk/garage, pós punk, surf music, psycho billy, jazz e rock alternativo.


4 - Morcego - Eu Estava em alguns shows da Sarjeta e dos Excomungados e tive o privilégio de conhecer as figuras mais trashs aprontando altas. Mas conta você pra gente um episódio que marcou das incríveis aventuras dos mestres das tosqueiras fodásticas kkkkkkk.


Fábio - No começo nós da Sarjeta não tinhamos instrumentos próprios, então em 2.001 roubamos uma guitarra de uma banda gospel, pratos de uma banda de hardcorezinho modinha e um baixo de uma banda de new metal pula-pula. Não façam isso heim! Dos excomungados, teve um som que rolou no bar do presunto em 2.006, a gente entrou numa favela, os traficantes armados de pistolas e fuzis, uma uzi, nos rendeu e nos levaram para o "abate" dizendo que éramos gansos, jogaram o parafuso no chão e começaram a bater nele, foi quando eu disse... "velho, na humildade, somos músicos e pais de família" e o cara disse "vocês tocam o que?" eu disse "punk rock, somos os Excomungados". Um deles era “ex punk”... e me disse "então canta a musica Pedido a Nathan" e eu cantei um trecho da musica, aí pararam de bater no Para e guardaram as armas... até ganhei uma paranga grátis. Mas tem muitas histórias macabras, muita loucura mesmo.


5 - Morcego - Você conviveu em um lugar de extrema importância, berço de toda forma de arte e loucura paulista. Aquele cenário, de universidade, protesto, junkeria, como era esse manicômio CRUSP?


Fábio - De 1.997 até 2.006, eu freqüentei e me doei muito para este movimento. Pessoas muito loucas e inteligentes, bandas foram formadas lá, como Sarjeta, Excomungados, Insurgentes, Fecaloma, Banda Punk, Mercenárias, Colisão Social, Meteoros, Planeta Defunto etc. Tínhamos grupos de estudos anarquistas, a gente colava nas reuniões do comitê zapatista, eu fazia a Sarjeta Zine que era impresso, e eventualmente outros publicavam outros zines, que com certeza tinham ótimos conteúdos. Transávamos muito, consumíamos drogas em excesso, fazíamos protestos, e organizávamos os eventos Prunkrusp, onde a entrada nunca foi cobrada, aliás, pedíamos alimentos não perecíveis ou agasalhos para serem doados em Ongs ou favelas. Uma época intensa e mágica.


6- Morcego - Como você entrou pro Excomungados? E como foi e é tocar os hinos punks, muitas vezes junto das bandas mais conhecidas da cena Punk?


Fábio - Eu conheci a banda em 92, era uma das minhas favoritas, e nesta época a banda estava muito em baixa, praticamente não existia mais. Quando a banda voltou em 2.000 eu colava nos sons, e sempre era convidado para tocar com eles, até que o Chinês me disse “ai Sarjeta, fica de vez na banda, porque ta foda” kkkkkkk. E com extremo prazer, e orgulho, sai do banco de reservas e virei titular.
Quanto as apresentações, as vezes é muito louco, a galera pira e eu piro junto. As vezes fica um clima de perplexidade total diante das tosqueiras e bizarrices apresentadas pela banda. Tanto a Sarjeta quanto os Excomungados, nós dividimos palco com muitas bandas, algumas muito conhecidas, outras nem tanto, algumas boas e outras ruins. Pra mim é sempre uma honra dividir palco com bandas boas ou bandas que tenham pessoas que se doam pelo movimento. Pra mim é mais importante se doar para o movimento do que ter banda boa, mas muitas vezes acontece os dois, e isto é ótimo.


7- Morcego - Vendo o decorrer dos anos, é realmente desanimador ver que muitas das boas bandas não estão onde merecem, enquanto a mídia enfia tanta porcaria na cabeça da molecada, fora todas as dificuldades de manter uma banda, ensaiar, gastos com equipamentos, a falta de espaço pra som punk, as tretas que foderam com vários sons. Você faria tudo de novo, mesmo sabendo que não há retorno financeiro?


Fábio - Com certeza sim, não me vejo de outra forma. Eu sou do subúrbio, e de uma família muito católica, e o movimento me abriu a cabeça contra o racismo, desigualdade social, homofobismo, machismo, estado etc. Portanto minha formação ideológica, meu caráter, personalidade etc, devo principalmente ao movimento punk.
Realmente é muito difícil manter uma banda honesta na ativa. Prefiro viver na sarjeta, que me entregar a mediocridade do mainstream, da sociedade e todo o seu moralismo hiprócrita e suas prateleiras morais, e a qualquer demência coletiva religiosa. È o que me faz acordar todos os dias. Enquanto eu dou um passo, a realidade, as vezes, dá dois, mas no dia seguinte eu darei três. O movimento Punk é minha muleta, a minha religião.


8 - Morcego - Você criou sua banda, e não precisa nem chegar muito perto pra ver o quanto é importante pra você. Defina o Sarjeta em uma frase.


Fábio - Nem tudo é carnaval no país do futebol.



9 - Morcego - Fabiones, valeu por responder, e em geral por toda contribuição pra nossa cena que continua a cada dia e que vamos lutar sempre pra que cresça,
pessoalmente agradeço por proporcionar os gritos de refrão, os bates e tudo que trouxe apoio a minha ideologia libertária, a influência musical underground que atingiu a mim e muitos a minha volta também. Á... e claro por tá presente costa a costa descendo o tapa nos pilantra quando precisou KKKKKKKKKKKKKKK.


Fábio - Obrigado por você existir, a galera que esta no ativismo da Sub Punk, e a todas as pessoas de bem, como você disse, vamos continuar lutando no dia a dia pela cena, e por um mundo melhor. A cena é nossa! E é a gente que tem que tomar conta dela. Se tem coisas ruins, e isso acontece em todos os setores da vida social, são individualidades, o movimento Punk não orquestra isso, nós somos a diferença. Revolução e anarquia não são e nunca foram utopias. A gente pode fazer o nosso melhor, e se alto melhorar, num exercício diário, até nosso ultimo suspiro.

Quem quiser escutar uns sons da banda Sarjeta, tem 15 para downloads gratuitos, com letras e fotos, no site bandas de garagem. bandasdegaragem.com.br/sarjeta

ou

http://bandasdegaragem.uol.com.br/hotsite/index.php?id_banda=7162



Anarquia sempre!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Somos ou nunca Seremos (partes)


Parte de uma letra minha.

Nunca se afaste dos seus ideais.
Nunca se adapte, fazendo por que o outro faz.
Esses nossos dias, parecem todos iguais.
Por que somos sintonizados, presos nos mesmos jornais.
A nossa indiferença e desumanidade.
Invadem nossa casa, cegam nossa liberdade.
Não é nada fácil, evitar o sistema.
Mais nunca fechar os olhos, e perder a consciência.
nunca!!! desista.
A cada punk que morre, nasce um conformista.
Nunca se afaste dos seus ideais.
União e conhecimento por justiça e paz.

Punkesia kkkk, é por revolta é o que importa

Morcego.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

maldita grande mídia


Infelizmente a grande mídia é uma merda aonde toda a comunicação é filtrada. Não ouço mais falar em Iraque né! Acho que já se lucrou tudo que tinha para se lucrar nestes últimos anos, e como diz o ditado “o que os olhos não vêem, o coração não sente” no caso dos iraquianos o coração não sente porque não bate mais.

Existe na maldita terra do tio sam, um tal de “mural da bravura”, destinado aos “hérois” que para mim não passam de imbecis, não, não não...agora são cadáveres kkkkkkkkkkk. São voluntários que morreram “lutando pela liberdade”, só se for pela liberdade da Esso que aumentou muito a produção anual de petróleo.

Na parte dos não voluntários é muito nítido que a maioria são mulatos e negros. Quer dizer além de abaixar o preço do mercado interno do petróleo, que era altíssimo até o termino da guerra, promovem uma “limpeza” étnica. Com certeza Hitler, Mussoline e os ex-papas devem estar morrendo pela segunda vez... morrendo de inveja!

Alguém fala para o Barack Obama mandar demolir esta merda de mural... será que ninguem falou pra ele??? Se não ele que enfie o mural junto com o premio nobel da paz no umbigo dele.

Fábio Sarjeta

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

UNIÃO, INFORMAÇÃO, INDENTIDADE E LIBERDADE


Sub Punk é um coletivo com intenção de informar e unir:
Levar a ideologia libertaria verdadeira, rebatendo a mídia manipulador e a ignorância,entre outros tantos males que nos alienam.
Já temos que conviver com a Opressão que o sistema nos impõe, e nos dividimos e lutamos entre nós enquanto o oponente maior nos esmaga.

Ideologia, Subversão e Anarquismo!
anti autoritarismo e direitos mais justos!!
independente do sistema político, queremos mais honestidade mesmo que nessa falsa democracia

Através da união, musica, teatro, e toda e qualquer forma de arte e expressão, levar informação onde o sistema lucra: " manipulação"

Somos nós, INORDENÁVEIS! CONSCIENTES, E EM BUSCA DE NOSSA OPÇÃO.