quarta-feira, 19 de maio de 2010

Entrevista com Thrash, vocalista das bandas Armagedom e Atitude


1 – Imenso prazer entrevistar você Thrash! Quando e como começou a participar do underground paulistano?
Bom o prazer e meu Fábião, obrigado pelo espaço. Acho que em meados de 86, já escutava um som, desde moleque já gostava de rock nacional, como Titãs, Ultraje a Rigor e Ira, no colégio conheci meu amigo Edson, que me apresentou vários sons, ai comecei a escutar as bandas inglesas de punk, como Disharge, English Dogs, GBH, Tervet Kadett, além de escutar muito Thrash, Black, e Heavy Metal, e foi com ele também que montei minha primeira banda de Death Thrash, a extinta e obscura, MORTUARIO, ai vi que queria ser musico e ter uma banda, no estilo que escutava pois era também um estilo de vida, comecei a dar rolê também com os Head Bangers da zona sul, banca ate hoje existente, em 94 fui preso,saiu uma matéria na revista isto é, ai foi quando acho que comecei a fazer parte da cena (risos).

2 – Quais suas principais influências?
Minhas principais influencias são as bandas dos anos 80, de Thrash, Black e Heavy Metal, além do punk, como Discharge, GBH, English Dogs Tervet kadett, Terrorizer e Extreme Noise Terror. Hoje escuto muito Venom, Bathotry, Sarcofago, e uma banda que gosto muito de metal é Andralls, não é nova, mas os caras estão no rolê faz tempo, e gosto também de Sisters of Mercy, Bauhaus, Fields of Nephelim e Joy Division. Bom, bandas recentes escuto pouca coisa.

3 – Quais os materiais lançados pela banda Atitude? Quais os outros principais acontecimentos nestes 16 anos de carreira?
O primeiro trabalho do ATITUDE, foi uma demo lançada em 96 chamada “Queremos ser nos mesmos”, saiu resenha na rock brigade, foi gravada no MR Som Studio do Pompeu e Heros Trentch (korzus), alias todos nossos materiais foram gravados lá. No começo não éramos uma banda "PUNK" as letras falavam sobre o cotidiano e problemas pessoais, mas éramos influenciados muito por Misfits e Ramones, ai que recebi um convite pra tocar com o Extremamente Irritante a banda do Bill, metal punk na tora, no bar do Ball, foi quando o Atitude começou a fazer parte da cena, ai fomos lançando musicas em coletâneas, saindo em fanzines, e tocando pelo Brasil, conhecendo as bandas da época, foi muito legal,uma casa que abraçou a gente foi o black jack, ainda da época do Murilo, onde só tocava Metal, fomos a primeira banda alternativa a tocar num dia de sábado e isso acabou influenciando a sonoridade, pois sempre estávamos querendo fazer algo mais pesado...mas além de tocar sempre, tive problemas com as drogas, e isso sempre atrapalhou a caminhada do Atitude, mudando, constantemente de formação, e o fator mais gritante, é que éramos uma banda de periferia, e não tinhamos pais ricos, então, várias coisas amararam a banda esses anos, mas sempre aos trancos e barrancos íamos pra cima, ai em 2003 trabalhava em uma, empresa ai ganhava bem, decidi bancar o cd da banda, mas tava usando drogas demais na época, deixava as coisas nas mãos de outras pessoas, gravamos um cd, com 17 musicas, alguns selos se interessaram, mas não lançaram, isso foi atrasando o lado e eu ia ficando mais puto, ao invés de tomar as rédeas, enfiava cara na junkeria e deixava as coisas passar, ate que em 2006 o Bart da 53 HC, ia lançar o cd, confiamos no filho da puta e pegou nossa grana e ate hj esse cd não saiu, bom isso acabou me deixando cada vez mais puto e cético e isso acabou, levando o fim a banda e também estar muito envolvido com drogas e muita balada, mas temos registro no youtube, de alguns sons e shows que fizemos,..bom espero um dia poder voltar mas estou em outra pegada agora, pois as musicas novas estavam muito legais e pesadas, o metal punk na essência.

4 – Cite as maiores diferenças, que vê em relação ao underground dos anos 90 com os dias de hoje.
Bom peguei a fase de transição dos anos 80 para os noventa, foi uma mudança muito grande, de comportamento e estilos, que acabou influenciando muita banda, e uma geração, com o grunge, o punk veio na onda e ficou mais em evidência, mas também aquele lance politizado que as bandas tinham as atitudes também se perderam, os jovens de hoje não tem mais um ideal pra lutar, uma causa justa, e vários abandonaram as bandas os rolês e vivem uma vida normal, pois viram que ter uma banda no Brasil e fazer parte de tudo isso não e fácil. Hoje, vejo um rock banalizado, choramingão, um bando de pessoas e bandas que podiam fazer a diferença, mas querem ganhar dinheiro e ficar famosos, mas daqui a 15 anos ninguém vai lembrar deles, como lembramos de Discharge, ou Motorhead, a essência rock in roll, foi perdida, não temos mais uma banda de rock do mainstream que represente essa rebeldia. Não to dizendo, que precisamos ser politicamente corretos, mas temos uma arma na mão que é a música, e podemos criar uma revolução através dela, mas infelizmente o poder musical esta nas mãos erradas e fazem os jovens engolir essa merda toda que MTV toca na sua programação, e isso é uma grande causa da banalizão e falta de comprometimento, dessas pessoas que deixam o rock nacional uma vergonha.

5 - Como rolou o convite para assumir os vocais da lendária banda Armagedom?
Bom conheço o trabalho do ARMAGEDOM a algum tempo, sempre fui fã, até que um dia conheci o Ricardo bateristada banda, depois de alguns anos no lançamento do DVD do Agrotóxico, trombei o Ricardo e o Claudinei, e eles me disseram que o Eduardo tinha saído, e precisavam de um vocal, de primeira recusei, achando muita responsa, mas depois de ver o ensaio deles e prestar bem atenção nas letras vi que era a banda da minha vida e queria estar com eles tocando, e assumi os vocais, agora estamos trabalhando em um novo álbum, e se preparando para uma outra turnê na Europa, no ano que vêm, estou muito feliz de fazer parte da historia do Armagedom.

6 - Quais outras atividades você exerce paralelas ao posto de vocalista?
Fiz varias coisas. Peão, Ofice boy, não estudei muito, sempre tive que trabalhar, para ter minhas coisas, comprei minha primeira guitarra com a rescisão de contrato do meu primeiro trabalho registrado, naquela época era muito caro instrumentos, nunca tive pai rico, e nem apoio da família então as coisas sempre foram dificeis, hoje trabalho com tatto e piercing, mas queria muito poder viver só da musica, e ter tempo para compor, e ter um selo.

7 – Muito obrigado pela cooperação parceiro. O espaço é seu! Deixe uma mensagem para nossos leitores, e até o próximo rolê. Abraço!
Quero agradecer o a oportunidade, dada por vc, e dizer às pessoas, que hoje o mundo passa por diversas mudanças, como clima, cultura, monopolização das grandes companias, a TV é uma arma muito grande na mãos desses filhos da puta, pois é tudo controlado, vivemos a vida deles não as nossas, os países estão se armando para uma grande terceira guerra mundial, as pessoas querem subornar vidas em custa do sangue derramado dos inocentes.
Enquanto o cidadão se preocupa com a porra de face book, twiter colocar suas fotos achando melhor que os outros, o seu próximo morre de fome, ou doente em um hospital público, acho que devemos acordar por que esta a vir,o controle mundial, (NOVA ORDEM MUNDIAL), eles querem te chipar e te querem como gados de suas fazendinhas, controlar suas mentes e famílias, sua conta, tudo que é seu, sejamos subversivos, e não burros,quero deixar alguns links para que as pessoas conheçam meu trabalho HTTP://WWW.MYSPACE.COM/THRASHPUNKSTER, T.ENTERTENIMENT.METAL PUNS AS FUCK, MEU ORKUT. Valeu eu Fabião, obrigado mesmo, espero que goste da entrevista, pois isso e minha vida real.

Pagamos para ser espancados?


Texto de Piccol, que foi publicado no zine PARA AS BARRICADAS

Alguém já percebeu o que acontece nas ruas?

Você esta saindo do seu trabalho cansado, com a cabeça quente, e derrepente você da de cara com um carro da polícia... Que você próprio pagou o carro, a farda dele, e o salário dele, com seus impostos... O que você acha que eles fazem com você?

Vão te estapear... E te revistar, causando dores por causa dos chutes que eles te dão no intuito de você abrir mais as pernas pra a revista ficar mais fácil, te dar socos, chutes, xingos, te humilhar, e se você falar que ele não pode te bater, ainda vão plantar drogas em você, pra te levarem preso e você tirar umas “férias”...

Você acha que isso esta certo? O que será que acontecer, quando eles encontram os nossos filhos nas ruas a noite? Já perceberam a quantidade de gente sumida, se for ver, garanto que metade foi os assassinos uniformizados!

Quantas vezes você foi assaltado e eles pegaram o bandido? Quantas vezes você se envolveu em alguma briga eles te atenderam como ser humano? Só sabem falar gritando, querendo que você seja o soldadinho deles, te zoam e riem da sua cara enquanto te enquadram...

Isso não esta certo!... Nós somos seres humanos porra, embora a merda que fizermos, somos seres humanos, e merecemos ser tratados com respeito e dignidade!
Dizem que estão nas ruas pra nos proteger... É isso que eles fazem?

Dar tapa na cara de trabalhador, dar tiro em adolescentes, matar inocentes e bater em mulheres e senhoras só pelo fato de estar na rua à noite ou por eles não gostarem da cara é certo?

Existe corregedoria, vamos exigir nossos direitos! Fazer os lixos fardados terem medo de nós, porque nós somos a maioria, não é preciso ter dinheiro pra exigir seus direitos, e não deixem nunca que alguém que é seu empregado pisar em você, por que se nós não pagarmos os impostos eles não tem salário!!!

De quem você tem mais medo, dos bandidos ou dos nossos assassinos fardados?
Isso tem que mudar, polícia esta na rua pra nos proteger?
É isso q eles fazem?

contato: parasbarricadas@hotmail.com